Pedreira confirma morte por febre maculosa; SP já tem 56 casos

Jonne Roriz/Estadão Conteúdo Capivara é hospedeiro mais comum do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa

A prefeitura de Pedreira, no interior de São Paulo, confirmou nesta segunda-feira (3) a terceira morte por febre maculosa na cidade. A vítima foi um homem de 33 anos. Essa doença é transmitida pelo carrapato-estrela, que se hospeda no corpo de capivaras.

O homem morreu em outubro deste ano e médicos registraram o caso como “suspeita” de febre maculosa. Resultados de exames deram positivo para a doença. Apenas na cidade – que fica a 135 quilômetros da capital – outros dois casos foram confirmados este ano.

Números estaduais

O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde estadual confirmou, de janeiro a setembro, 56 casos e 28 óbitos por febre maculosa em São Paulo. Ainda em outubro, uma jovem de 26 anos morreu em Limeira.

Segundo a pasta, 28 municípios paulistas tiveram registro da doença este ano, com maior concentração na região metropolitana de Campinas. Em todo o estado, somente o Vale do Ribeira não teve nenhum registro.

O governo afirma que não há “anormalidade epidemiológica” na quantidade de casos de febre maculosa, doença considerada grave e que pode atingir pessoas de todas as idades. Em 2017, foram 65 casos e 32 óbitos.

Sintomas

A maior recorrência de casos acontece em áreas habitadas por capivaras, mas o animal não deve ser morto – o que é crime. Entre os possíveis sintomas da doença, estão dores nas articulações, no abdômen e nos músculos, além de febre, calafrios e perda de apetite.

Na pele, a pessoas pode apresentar manchas vermelhas, o que pode ser acompanhado de náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e dores de cabeça. Antes de se medicar, é preciso consultar um médico para realizar exames para a comprovação da doença.

Cidades com maior número de mortes até setembro

• Americana: nove mortes;
• Limeira: quatro mortes;
• São José dos Campos: quatro mortes.

*Com informações do Estadão Conteúdo