Pesquisa: Avaliação positiva de governadores dispara em meio à pandemia de Covid-19
Divulgada nesta sexta-feira (3), a Pesquisa XP com a População mostra que a proporção de pessoas que considera a administração dos governadores como “ótima ou boa” disparou de 26% em meados de março para 44% no início de abril. Neste período, intensificaram-se as medidas restritivas por parte de governos estaduais contra a pandemia do novo coronavírus.
O crescimento ficou muito acima do limite da margem de erro, de 3,2 pontos porcentuais para cima ou para baixo.
Ao mesmo tempo, a proporção da população que considera a gestão dos governadores “ruim ou péssima” derreteu de 27% para 15%.
Os governadores da região Sul têm a maior taxa de aprovação, de 54%. Na pesquisa anterior, era de 35%. Em seguida, vêm os chefes de Estados do Nordeste (27% para 50%); do Norte e Centro-Oeste (24% para 44%) e, por último, do Sudeste (22% para 37%).
A mesma pesquisa mostra que a reprovação ao governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, atingiu 42% em abril, depois de alcançar 36% em março. Esse é o maior nível de avaliações ruins ou péssimas desde o início do mandato, mas ainda estável no limite da margem de erro da pesquisa, de 3,2 pontos porcentuais.
A proporção da população que avalia o governo como “ótimo ou bom” caiu de 30% para 28% no período, também estável dentro da margem. Nominalmente, porém, é a primeira vez que a taxa fica abaixo do nível dos 30%.
A mesma pesquisa incluiu um questionário especial sobre a pandemia do coronavírus no País. A atuação de Bolsonaro no combate ao vírus foi considerada “ruim ou péssima” por 44% da população, enquanto 29% enxergaram o desempenho do presidente como “ótimo ou bom”, e 21%, como “regular”.
Ele tem a avaliação mais negativa entre todos os atores pesquisados. A aprovação da atuação do presidente está empatada na margem de erro com a do Congresso (30%), da população (34%), e do Supremo Tribunal Federal (29%), mas bem abaixo da do ministro da Saúde, Henrique Mandetta (68%), dos governadores (59%), do ministro da Economia, Paulo Guedes (37%) e dos profissionais da saúde (87%).
A pesquisa também captou deterioração nas expectativas para o restante do mandato de Bolsonaro. A proporção da população que espera que o governo dele seja “ruim ou péssimo” avançou de 33% para 37%, enquanto a avaliação “ótima ou boa” recuou de 38% para 34%.
A pesquisa ouviu 1.000 pessoas, por telefone, entre os dias 30 de março e primeiro de abril. A amostragem leva em conta sexo, região, idade, tipo de cidade, religião, porte do município, ocupação, nível educacional e renda.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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