Instituto dos EUA prevê 90 mil mortes pela Covid-19 no Brasil até agosto
O Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), um centro de pesquisa dentro da faculdade de Medicina da Universidade de Washington, no Estados Unidos, fez projeções sobre o avanço da Covid-19 em países da América Latina e chamou a atenção para a situação do Brasil. A previsão inicial do IHME é que o país tenha cerca de 88.305 mil mortes até quatro de agosto.
O instituto é o principal órgão utilizado pela Casa Branca, nos Estados Unidos, para definir as políticas de saúde no país. A estimativa mostra que o Brasil pode ter, no mínimo 30,3 mil mortes pela Covid-19 e até, no máximo, 193,7 mil óbitos pela doença.
As previsões do IHME são atualizadas conforme se divulgam os novos dados sobre infecções e internações. No mesmo período, México e Equador devem ter cerca de 6 mil mortos e o Peru, 5 mil, pelo modelo.
O modelo aponta que o Brasil deve registrar mais de mil mortes por dia entre 17 de junho e 9 de julho, com o pior momento no dia 24 de junho, com 1.024 óbitos. A partir daí, se confirmadas as projeções, o país ficaria com essa média de mortes diárias até o início de julho.
Ao verificar a capacidade hospitalar, os especialistas avaliam que desde o dia 3 de maio o país opera com menos unidades de tratamento intensiva (UTIs) do que o necessário para atender os pacientes. Em 28 de junho, o Brasil terá 11.178 pacientes que necessitarão de leitos de UTI, mas apenas 4.060 à disposição, segundo o estudo.
Nos EUA, a Casa Branca usou o IHME quando o presidente Donald Trump estimou no fim de março que entre 100 mil e 240 mil americanos poderiam morrer em decorrência da covid-19. No país, críticos apontam que as projeções preveem um fim do pico de infecções mais rápido do que o que tem sido registrado, o que leva a número de mortes subestimado pelos pesquisadores de Washington.
Com mais 749 mortes em 24 horas, o Brasil chegou na quarta-feira (14) a 13.149 vítimas pela Covid-19, segundo o Ministério da Saúde.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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