Petistas protocolam representação contra Serraglio na PGR e na Comissão de Ética

  • Por Estadão Conteúdo
  • 21/03/2017 17h10
Brasília - Novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Osmar Serraglio, discursa na solenidade de transmissão de cargo no ministério (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Osmar Serraglio - abr

Os deputados Afonso Florence (PT-BA) e Robinson Almeida (PT-BA) entraram com representação na Comissão de Ética da Presidência da República e na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB). Os parlamentares não só pedem a abertura de investigação contra o peemedebista, como seu afastamento do cargo.

A investigação da Operação Carne Fraca flagrou ligação de Serraglio para o fiscal agropecuário Daniel Gonçalves Filho, apontado como um dos líderes da ação criminosa. Na conversa, o peemedebista, então deputado federal pelo Paraná, perguntou a Daniel sobre o possível fechamento de um frigorífico no interior do Paraná, base eleitoral do ministro. O fiscal agropecuário foi chamado por Serraglio de “chefe”. “Ninguém chama os outros de chefe gratuitamente”, concluiu Almeida.

À comissão, os petistas pedem a exoneração de Serraglio “dada a incompatibilidade de suas ações com a moralidade e probidade administrativa”. Os petistas alegam que Serraglio está sob suspeição por ter interferido no processo. 

Na PGR, os deputados defendem a abertura de investigação contra o ministro por interferência na conduta de um agente público. “Ele teve uma conduta inadequada para um ocupante do primeiro escalão do governo”, sustentou Almeida.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.