Petistas realizam vigília em Curitiba e criticam ‘pressão’ e ‘neurose’ para manter Lula preso

  • Por Jovem Pan
  • 20/12/2018 10h48 - Atualizado em 20/12/2018 10h50
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Reprodução/Twitter/PT “O que existe da parte deles é uma neurose em manter Lula aqui [na PF] não importa a condição. Lula é a expressão da nossa oposição”, disse Gleisi

Mesmo após a revogação da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, que autorizava a soltura de presos condenados em segunda instância, líderes petistas seguiram rumo a Curitiba, no Paraná.

Nesta quarta-feira (19), o presidente da Corte, Dias Toffoli, derrubou a liminar de Marco Aurélio, e foi criticado por nomes como a da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, do senador reeleito Humberto Costa, do senador Lindbergh Farias, e do deputado federal Paulo Pimenta.

Na manhã desta quinta-feira (20), parlamentares do PT realizaram vigília em frente a Superintendência da PF em Curitiba e concederam entrevista coletiva.

“O que existe da parte deles é uma neurose em manter Lula aqui [na PF] não importa a condição. Lula é a expressão da nossa oposição”, disse Gleisi. “Eles não querem soltar Lula. Eles têm medo de Lula solto e por isso eles sempre dão um jeito de burlar o sistema legal para manter ele preso”, completou a deputada eleita.

A petista aproveitou ainda para criticar a postura da juíza Carolina Lebbos, que não concedeu imediatamente a soltura de Lula e solicitou, nesta quarta, que o Ministério Público Federal se manifestasse antes de uma decisão definitiva por sua parte.

“Do ponto de vista internacional o que aconteceu ontem é um vexame para nossa justiça. Uma juíza de primeira instância não obedeceu uma determinação do Supremo”, acusou Gleisi Hoffmann.

Também presente na entrevista coletiva, o deputado Paulo Pimenta afirmou que a juíza escolheu claramente não cumprir a ordem do STF. “A Lava Jato atua como um poder paralelo para criar um clima de constrangimento e pressão para manter Lula preso (…) Existe no Brasil uma lei para o Lula e uma lei para o resto. Isso tem nome: Estado de Exceção. Ontem mais uma vez ficou caracterizado que Lula é um preso político”.

“Vamos intensificar nossa campanha aqui e fora do Brasil. Nós sabemos que para o Lula a Constituição não vale. Mas nós não temos medo. E não vamos abaixar a cabeça”, disse ainda o deputado.

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