Petrobras diz que óleo que vazou foi extraído de três campos na Venezuela

  • Por Jovem Pan
  • 25/10/2019 17h04
Fernando Frazão/ Agência Brasil Fachada do prédio da Petrobras no Rio de Janeiro "A origem do vazamento é outra coisa", disse diretor da estatal

A análise de 30 amostras do petróleo recolhido de praias do Nordeste permitiu concluir que ele foi extraído de três campos de produção na Venezuela. A afirmação foi feita pelo diretor de Assuntos Corporativos da Petrobras, Eberaldo Neto, em coletiva nesta sexta-feira (25).

Neto esclareceu ainda que a companhia agiu assim que foi acionada pela União, no início de setembro, e recolheu 340 toneladas de resíduos das praias.

“A gente fez análise em mais de 30 amostras e concluiu que é de três campos venezuelanos”, disse. “A origem do vazamento é outra coisa. A gente entende que é na costa brasileira”, completou.

O vazamento teria ocorrido no Oceano Atlântico, no caminho de uma corrente marinha que vem da África e se bifurca, seguindo para a costa setentrional do Nordeste, de um lado, e para a Bahia e o Sudeste, do outro, passando pelos locais onde o óleo tem sido recolhido.

“A gente sabe que foi em um ponto desse de bifurcação que foi a origem do vazamento. Provavelmente, um navio passando ali. As autoridades estão investigando”, contou.

Neto destacou que o fato de o petróleo afundar e seguir para o litoral em uma camada abaixo da superfície do mar dificulta a visualização com sobrevoos e satélites e também a contenção com barreiras.

“A gente tem um centro de defesa ambiental preparado para isso, mas preparado para um óleo da Petrobras, que vaza de instalação da Petrobras, e a gente localiza a fonte e ataca com os instrumentos mais adequados”, disse, explicando que o fato de o óleo submergir quase que inviabiliza a contenção dele antes de chegar ao litoral.

“Fica praticamente impossível pegar a montante esse óleo e segurar com barreiras e outros instrumentos que a gente tem. O mecanismo de captura tem sido quando a maré e a corrente jogam para a praia. Infelizmente, tem sido esse o jeito, porque, com os mecanismos que a gente detém, é agulha no palheiro para a gente pegar pelas características do óleo.”

*Com Agência Brasil

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