Petrobras recebe certificação da Bovespa como destaque em governança de estatais

  • Por Agência Brasil
  • 08/08/2017 11h31
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Brasília - O presidente indicado para a Petrobrás, Pedro Parente durante coletiva (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Para Pedro Parente, o reconhecimento pode ajudar a reduzir os custos de captação da companhia, além de outros benefícios

A Petrobras informou que recebeu nesta terça-feira ( 8) a certificação do Programa Destaque em Governança de Estatais da B3 (antiga Bovespa). Para o presidente da empresa, Pedro Parente, o reconhecimento pode ajudar a reduzir os custos de captação da companhia, além de outros benefícios. “Sem dúvida nenhuma, uma empresa que tenha uma governança reconhecida por sinais públicos, ajuda muito em todos os aspectos”, disse,  ao falar rapidamente com os jornalistas na saída de um evento promovido pela revista Exame.

A Petrobras ainda está no chamado “período de silêncio, impossibilitada de comentar ou prestar esclarecimentos relacionados aos seus resultados financeiros e perspectivas” até a divulgação do balanço trimestral, marcado para a próxima quinta-feira (10). No dia 11 de maio, a Petrobras anunciou o resultado financeiro do primeiro trimestre do ano. Nele, a empresa havia atingido o lucro líquido de R$ 4,4 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 1,24 bilhão no mesmo período do ano anterior.

Em sua palestra, Parente destacou os esforços que estão sendo feitos para melhorar as práticas dentro da empresa, evitando a repetição dos episódios de corrupção descobertos pela Operação Lava Jato. “Nós estamos realmente trabalhando para evitar que problemas do passado se repitam, lembrando que há coisas que empresas não podem fazer, só autoridades judiciárias”, ressaltou.

Privatização

Ao ser questionado sobre o tema, Parente disse ser contrário à privatização da empresa. “No caso da Petrobras, no meu ponto de vista, a sociedade brasileira, pelo amor que tem pela empresa, pela revolta que sentiu por tudo que passou, não estaria preparada para essa discussão”.

Para ele, essa discussão, no momento em que a companhia ainda tenta se recuperar dos efeitos dos escândalos de corrupção pode, inclusive, aumentar a fragilidade da empresa. “E, sob o ponto de vista das questões agudas que estavam fazendo a empresa sofrer bastante, a abertura de uma discussão como essa só atrapalharia”, acrescentou.

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