Pezão descarta intervenção no Rio e pede aprovação de projetos

  • Por Estadão Conteúdo
  • 07/04/2017 18h20
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Governador Luiz Fernando Pezão e prefeitos discutem medidas contra a crise econômica nas cidades no entorno do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro em reunião no Palácio Guanabara (Fernando Frazão/Agência Brasil) Fernando Frazão/Agência Brasil Luiz Fernando Pezão - Ag Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou “não estar agarrado” ao seu cargo ao comentar declaração feita nesta sexta-feira, 7, pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, que acredita ser preciso uma intervenção federal no estado.

 O governador afirmou que o interventor que chegar no Rio vai ter que chegar com muito dinheiro. “O governo federal está com déficit hoje de R$ 139 bilhões. Para chegar aqui, tem que ser com pelo menos mais R$ 20 bilhões. Será que ele quer fazer essa intervenção? Parar os projetos de emendas constitucionais que estão no Congresso? Intervenção é isso”, disse.

Ele acrescentou ainda que não está pedindo R$ 20 bilhões ao governo. “Se aprovarmos aquele projeto, o Rio vai voltar a suspirar e no final de 2018 entregamos o Estado em muito melhores condições”. Pezão reafirmou a necessidade do Congresso votar o texto. “Está pronto para ser votado, não sei se vai ser nessa próxima semana com a Semana Santa”, disse.

Ele também comentou as articulações da oposição para o seu impeachment. “É trabalho da oposição, a oposição nunca ajudou. Era uma hora de todas as forças ajudarem o Estado”, reclamou.

A respeito de Cabral, destacou sua amizade com o ex-governador e disse não querer fazer julgamentos. “Deixa o governador se defender, vim aqui como testemunha dele, não quero fazer julgamento das pessoas. Já tem muitos órgãos fiscalizando”, disse. Sobre denúncias contra ele, se disse tranquilo. “Não me furto a falar com ninguém. Tenho vida pública de 32 anos, tenho consciência e tranquilidade da minha carreira política”.

Pezão também falou sobre a citação do secretário de governo, Affonso Henriques Monnerat, e do subsecretário de Comunicação, Marcelo Amorim, na delação do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Jonas Lopes. “Vou mantê-los (no governo). Cada um fala o que quer, mas agora tem de provar. Tenho muita confiança neles”, afirmou.

Ambev

O governador defendeu ainda o projeto de lei que, se aprovado, concede à fabricante de bebidas Ambev o direito de adiar por 20 anos o pagamento de ICMS de uma nova fábrica, até o valor de R$ 650 milhões. O peemedebista afirmou que a sua preocupação é o emprego.

“Se aprovar a lei, a Ambev vai se beneficiar de incentivos. Não vai deixar de recolher impostos. Vai trazer uma fábrica para o Rio que estamos disputando com o México. São cerca de 1.000 empregos diretos, não são só os 200 que falaram”, afirmou.

Pezão disse também que é preciso ter políticas de incentivo. “É melhor ter 4% de alguma arrecadação ou é melhor ter zero e não ter emprego? O México, com a briga com os Estados Unidos, está oferecendo tudo para as empresas irem para lá. Todos os países estão com uma política agressiva. Se a gente não for para a guerra da competição, vamos perder”, disse.

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