Pezão: destituição de Picciani é desrespeito com bancada do Rio

  • Por Agência Brasil
  • 09/12/2015 21h32
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BRASÍLIA, DF, 15.04.2015: GOVERNO-CARGOS - O deputado Leonardo Picciani (relator do projeto) durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, para votação do Projeto de Emenda à Constituição (PEC) da redução dos ministérios, de autoria do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB RJ). (Foto: Beto Barata/Folhapress) Beto Barata/Folhapress Líder do PMDB na Câmara

A destituição do deputado Leonardo Picciani (RJ) da liderança do PMDB na Câmara é um desrespeito com os deputados do partido eleitos pelo Rio de Janeiro, disse na noite desta quarta (9) o governador Luiz Fernando Pezão. Segundo ele, a maior parte da bancada do partido foi desleal com Picciani.

“Não estou dentro do Congresso, mas lamento. Faltando um mês para acabar o mandato dele, acho uma medida, um desrespeito à maior bancada do Brasil, que é do PMDB do Rio, acho que foi um gesto de desconsideração a tudo o que o Rio de Janeiro representou para o PMDB nacional. Acho muito ruim quando ele está fazendo um trabalho de votar com uma chapa cujo vice-presidente é do PMDB”, disse o governador. Picciani (RJ foi substituído no cargo pelo deputado Leonardo Quintão (MG) após pemedebistas terem recolhido as assinaturas de 35 dos 66 deputados da bancada e indicado Quintão para o cargo.

Pezão voltou a se posicionar contra o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, dizendo que a discussão atrapalha os esforços do governo para superar a crise econômica. “Acho uma loucura. A gente tem tantos problemas no país, com o desemprego crescendo assustadoramente, com as empresas demitindo, nós estarmos discutindo uma abertura deimpeachment. Eu votei na chapa do Michel [Temer] com a presidenta Dilma para criarmos um bom ambiente de negócios, para ter atividade econômica e ver o Brasil progredir”.

O governador deu as declarações depois de uma hora e meia de reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Pezão veio pedir que o Tesouro Nacional autorize o estado a pegar empréstimo para a conclusão das obras do metrô do Rio e que a equipe econômica avalie a possibilidade de renegociar parte do pagamento do serviço da dívida do estado com a União, atualmente em R$ 8 bilhões por ano.

“Neste ano, tivemos perda de receitas de R$ 13 bilhões [em relação ao inicialmente estimado]. São R$ 6,5 bilhões [a menos] de ICMS [Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços] e R$ 6,5 bilhões [a menos] de royalties do petróleo [que caíram por causa da queda da cotação do petróleo no mercado internacional]. Enquanto isso, os compromissos permanecem”, disse Pezão. Segundo ele, o estado ainda tem de terminar de pagar o décimo terceiro aos servidores e ficar em dia com os fornecedores.

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