PF deflagra Operação Abate II e mira filho de ministro do TCU

  • Por Jovem Pan
  • 23/08/2017 07h43 - Atualizado em 23/08/2017 08h44
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Reprodução Tiago Cedraz, filho do ministro do TCU Aroldo Cedraz

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (23) um desdobramento da Lava Jato. A chamada Operação Abate II é um desdobramento da 44ª etapa (Operação Abate, no último dia 18), que havia prendido o ex-líder petista na Câmara Cândido Vacarezza.

Nesta quarta, é alvo de mandado de busca e apreensão o advogado Tiago Cedraz, que é filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz. Além deste, há outros três mandados de busca e apreensão em cumprimento nas cidades de Salvador (BA), Brasília (DF) e Cotia, município da Grande SP.

Seguindo a mesma linha de atuação criminosa revelada na última fase da investigação, foi identificada a participação de novos interlocutores que atuaram junto a Petrobras para favorecer a contratação de empresa privada e remunerar indevidamente agentes públicos.

De acordo com novos elementos colhidos na investigação policial, dois advogados participaram de reuniões nas quais o esquema criminoso, com o pagamento de propinas a agentes da Petrobras, teria sido planejado. Paralelamente, teriam recebido comissões pela contratação de empresa americana pela empresa petrolífera, mediante pagamentos em contas mantidas na Suíça em nome de empresa offshore.

Um ex-deputado federal e sua assistente também teriam participado dos crimes, recebendo valores indevidos.

Vaccareza solto

O juiz federal Sérgio Moro mandou soltar nesta segunda (22) o ex-deputado do PT, Cândido Vaccarezza, preso em caráter temporário na última sexta-feira (18). O político não soube informar a origem de R$ 122 mil, encontrados pela Polícia Federal em sua residência, durante a 44ª fase da Lava Jato, denominada Operação Abate.

No entanto, o ex-deputado terá que pagar fiança de R$ 1,5 milhão no prazo de dez dias, após a saída da prisão, e ainda assinar um termo de compromisso para usufruir do habeas corpus, conforme o despacho enviado por Moro.

Ex-líder dos governos de Lula e Dilma, Vacacrezza é investigado pelo recebimento de R$ 1,4 milhão em propinas de contratos firmados com a Petrobras.

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