PF deflagra operação contra desvio de dinheiro público em Araçatuba
A Polícia Federal (PF) deflagra, nesta terça-feira (13), a operação #TudoNosso, que tem como objetivo investigar crimes de desvios de recursos públicos e fraude de licitações na prefeitura de Araçatuba, no interior de São Paulo. Ao todo, foram expedidos 14 mandados de prisão temporária e 37 de busca e apreensão. As ações acontecem não só em Araçatuba, como também em outras cidades do Estado, como Clementina, Itatiba e Jundiaí, além da própria capital paulista.
Segundo a PF, nos últimos dois anos, as empresas investigadas aditaram ou celebraram novos contratos suspeitos com a prefeitura nas áreas de educação e assistência social que superaram, até o momento, a cifra de R$ 15 milhões.”As investigações prosseguirão e a estimativa da PF é que esse valor possa ser muito maior”, diz, em nota.
A PF foi simultaneamente a quatro secretarias da prefeitura de Araçatuba, na sede do diretório político coordenado pelo líder da organização criminosa e em endereços comerciais e residenciais relacionados às empresas e investigados. Em Itatiba, o alvo das buscas é a sede de um sindicato presidido pelo filho do líder do grupo.
As investigações começaram há dois anos com denúncias de que havia desvio de recursos públicos por meio de contratação falsa de empresas prestadoras de serviços para a Prefeitura de Araçatuba. “O líder da organização criminosa, empresário de 64 anos, sindicalista e presidente de diretório político no município seria o idealizador de um grande esquema de corrupção envolvendo diversas empresas ligadas a ele e sua família. Um filho e um genro do líder do grupo são sócios ‘laranja’ de empresas e também tiveram a prisão decretadas”, diz a nota da PF.
O empresário é dono de pelo menos cinco empresas registradas em nome de laranjas, sendo que a maioria dos sócios emprestam seus nomes em troca de vantagens. Essas empresas eram utilizadas para desviar os recursos públicos e fraudar licitações para possibilitar os contratos com a administração pública de Araçatuba.
Os presos serão indiciados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos (públicos e privados), peculato, associação criminosa, fraudes em licitações, entre outros, e estarão sujeitos a penas de até 30 anos de prisão, informou a nota da PF.
*Com informações da Agência Brasil
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