PF faz busca e apreensão em escritório do filho do presidente do TCU
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU)
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU)A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta terça-feira (14) mandado de busca e apreensão no escritório do advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz. A diligência foi feita após o nome do advogado ter sido citado no depoimento de delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, investigado na Operação Lava Jato. De acordo com reportagens divulgadas pela imprensa, Pessoa declarou que Tiago Cedraz favoreceu a empreiteira UTC, de propriedade do delator, no tribunal.
Em nota, o advogado classificou as afirmações de Pessoa de mentirosas e disse que nunca participou de nenhum caso envolvendo a empreiteira no TCU. “Desde as primeiras notícias publicadas na imprensa, o escritório se colocou à disposição das autoridades para repassar informações necessárias à correta compreensão dos fatos. Com reiteradas solicitações. Mas sequer teve uma reposta das autoridades. Mais uma vez reforça que nunca patrocinou nenhum caso do Grupo UTC perante o Tribunal de Contas da União. E repudia veementemente toda e qualquer adulteração de fatos lícitos para ensejar um enquadramento dos fatos em uma delação forjada”, declarou.
Para Tiago Cedraz, foi uma “violência sem precedentes” o cumprimento da diligência no seu escritório de advocacia. “O escritório Cedraz Advogados considera uma violência sem precedentes, um atentado ao regular exercício da profissão, medidas adotadas autorizadas com base em uma delação premiada negociada por um réu confesso que mente a fim de se beneficiar. Por fim, comunica que informou a OAB do Distrito Federal e o Conselho Federal da OAB acerca das extrapolações no cumprimento do mandado”, argumentou.
Chamada Operação Politeia, a nova fase da Lava jato foi deflagrada hoje de manhã, a partir de autorizações de busca e apreensão emitidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Foram cumpridos mandados em casas, escritórios e empresas de políticos, entre eles os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Fernando Bezerra (PSB-PE), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e o ex-ministro Mário Negromonte.
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