PF faz buscas contra suspeitos de fraudar indenizações por rompimento de Mariana
A Polícia Federal deflagrou uma operação para cumprir 24 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de fraudar indenizações no caso do rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais. Mais de 50 agentes realizam trabalhos em escritórios e residências de Baixo Guandu (ES), Vitória (ES), Vila Velha (ES), Serra (ES) e Brasília (DF) na manhã desta terça (26).
As investigações apontam que protocolos de solicitação de licença para pescadores foram emitidos com datas anteriores ao desastre, o que beneficiaria com indenizações pessoas que não haviam sido afetadas à época pelo rompimento.
No esquema estava envolvido ao menos um funcionário do Escritório Federal de Aquicultura e Pesca, responsável por emitir os documentos falsos a lobistas, advogados e colônias de pescadores.
A estimativa é de que cerca de 100 pessoas conseguiram o benefício com as fraudes através da Fundação Renova, que concede as indenizações. O prejuízo com o esquema representa o recebimento de cerca de R$7 milhões aos falsos pescadores.
O rompimento da barragem de Mariana aconteceu em novembro de 2015. A tragédia aconteceu quando a represa de Fundão cedeu, liberando mais de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos minerais na cidade, matando 19 pessoas e devastando o Rio Doce, responsável por grande parte da atividade econômica da região.
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