PF faz operação contra facção suspeita de ataques no Ceará

Onda de ataques completa seis dias nesta quinta-feira. Segundo os investigadores, ações são comandadas por líderes de facções que estão em presídios da região

  • Por Jovem Pan
  • 26/09/2019 16h25
João Dijorge/Estadão Conteúdo PF faz operação para conter onda de ataques no Ceará que já dura seis dias

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (26) uma operação contra uma facção criminosa do Estado do Ceará. Foram cumpridos 15 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão em localidades no Ceará e também em Pernambuco.

A ação ganhou o nome de Operação Torre, uma vez que visava alcançar líderes de organizações criminosas suspeitos de envolvimento na coordenação de ataques promovidos desde o último sábado (21) no Estado, mirando veículos e prédios públicos.

Os ataques completam, nesta quinta, seis dias consecutivos e já chegam a 64 casos, na segunda maior onda de atentados na história do Estado. Desde o começo, pelo menos 75 carros foram destruídos e 11 equipamentos públicos e privados, atacados.

Os grupos teriam sido responsáveis também por iniciativas de depredação de torres de energia na região metropolitana de Fortaleza, em abril deste ano. Na terça (24), sete suspeitos já haviam sido presos. No domingo (22), mais quatro foram detidos.

Segundo os investigadores, a ofensiva foi ordenada por líderes de facções que estão em presídios.

Os ataques foram executados por integrantes desses grupos. Os investigados poderão ser punidos por crimes relacionados a danos ao patrimônio e participação em organização criminosa, bem como outros ilícitos que eventualmente possam ser descobertos.

A iniciativa ocorreu em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do governo do Ceará, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco/CE) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, com a operação, já foram presas 74 pessoas por envolvimento em ações criminosas.

Conforme o órgão, as equipes continuam investigando os casos e atuando para garantir a segurança do transporte público no Estado, que é parte dos alvos das facções. A secretaria disponibilizou canais para que pessoas possam encaminhar denúncias e informações sobre os casos.

*Com informações da Agência Brasil

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