PF indicia Alckmin por suspeita de lavagem de dinheiro, caixa dois e corrupção passiva

Ex-tesoureiro do PSDB e ex-assessor do governo Alckmin também foram indiciados nesta quinta-feira; diretório estadual do PSDB afirma ter ‘absoluta confiança na idoneidade do ex-governador’

  • Por Jovem Pan
  • 16/07/2020 17h30 - Atualizado em 16/07/2020 18h17
Charles Sholl/Estadão Conteúdo Geraldo Alckmin De acordo com a denúncia, Alckmin teria recebido R$ 2 milhões em espécie da Odebrecht durante a campanha ao Palácio dos Bandeirantes

A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (16) o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) por suspeitas de participação em lavagem de dinheiro, caixa dois eleitoral e corrupção passiva. O indiciamento tem como base as delações de executivos da Odebrecht. O ex-tesoureiro do PSDB Marcos Antônio Monteiro também foi indiciado pelos mesmos crimes.

“Além da colaboração premiada, foram realizadas diversas outras diligências, dentre elas: prova pericial nos sistemas de informática do Grupo Odebrecht, análise de extratos telefônicos, obtenção de conversas por aplicativo Skype e ligações telefônicas de Mesa de Operações, analise de documentos indicando a pratica de cartel no Metrô de São Paulo e no Rodoanel, e a oitiva de testemunhas e de outras pessoas também sob o regime da colaboração premiada”, diz a PF em nota. Além de Alckmin e Monteiro, o ex-assessor do governo Sebastião Eduardo Alves de Castro também foi indiciado. Alckmin governou São Paulo de 2001 e 2006 e entre 2011 a 2018.

Em nota assinada pelo presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, o diretório do partido em São Paulo afirmou ter “absoluta confiança na idoneidade do ex-governador” e que a “história do governador Geraldo Alckmin não deixa dúvidas sobre a sua postura de retidão, coerência e compromisso com o rigor da lei”. Nas redes sociais, o PSDB afirmou, em nome do presidente nacional Bruno Araújo, que Alckmin “é uma referência de correção e retidão na vida pública e tem toda a confiança” do partido.

 

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