PF volta a levar a depor suposto operador de Pimentel em nova fase da Acrônimo
A Polícia Federal cumpre 20 mandados na 11ª fase da Operação Acrônimo nesta quinta-feira (27), no Distrito Federal, Belo Horizonte (MG), São Paulo e Rio de Janeiro. São 10 mandados de condução coercitiva e 10 de buscas e apreensões. Desde terça-feira (25) nenhum eleitor pode ser preso, a não ser em flagrante, por causa do segundo turno do pleito municipal que será realizado em algumas cidades no próximo domingo (30).
Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o “Bené”, apontado como operador do governador Fernando Pimentel, foi levado coercitivamente para depor.
Bené já fora preso por dois meses e fez acordo de delação premiada. Policiais dizem que ele estaria, mesmo preso e dentro de um processo de delação premiada, escondendo provas da Polícia Federal.
A operação foca em dois inquéritos que apuram a cooptação e pagamento de vantagens indevidas para que uma empresa de publicidade elaborasse campanhas educativas do Ministério da Saúde, Ministério das Cidades e Ministério do Turismo nos anos de 2011 e 2012, informa a polícia.
Outro evento investigado nesta fase é uma fraude em licitação da Universidade Federal de Juiz de Fora, vencida pela gráfica de um dos investigados. Posteriormente, o Ministério da Saúde utilizou a mesma ata fraudada.
Uinversidade Federal de Juiz de Fora em foto aérea (Reprodução/Facebook oficial)
As ações desta quinta são um desdobramento da investigação que tramita no Superior Tribunal de Justiça. O magistrado relator do caso determinou o encaminhamento de parte da apuração à Justiça Federal de primeira instância por não envolver investigados com prerrogativa de foro naquela Corte, explica também a Polícia Federal.
A operação
A Operação Acrônimo foi instaurada para investigar esquemas ilegais que teriam beneficiado a campanha eleitoral de Fernando Pimentel (PT) em 2014, quando ele se elegeu governador de Minas Gerais.
Segundo a PF, Pimentel é suspeito de cobrar vantagens ilegais de empresas durante o período em que comandou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, entre 2011 e 2014. Em troca, essas empresas seriam incluídas em políticas públicas ou conseguiriam obter empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que era vinculado à pasta.
Mandados
Os locais onde são realizados cada mandado são:
Distrito Federal – 4 buscas e 6 conduções coercitivas
Rio de Janeiro – 1 busca e 1 condução coercitiva
São Paulo – 1 busca
Minas Gerais – 4 buscas e 3 conduções coercitivas
Com informações complementares da Polícia Federal e da Agência Brasil
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