PGR determina que servidores usem ferramenta certificada pelo MPF em vez de Telegram e WhatsApp

  • Por Jovem Pan
  • 02/07/2019 15h36
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Agência Brasil PGR destacou, porém, que análises comprovaram que nenhum sistema do MP foi alvo recente de invasões

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, determinou que o software de comunicação e-Space passe a ser utilizado por membros e servidores como ferramenta institucional em vez de aplicativos como Telegram e WhatsApp. A medida foi tomada após relatos de integrantes da Força-Tarefa da Lava Jato de invasões em suas contas.

Conduzido pela Secretaria de Tecnologia de Informação e Comunicação (Stic), com apoio da Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea), o Procedimento Administrativo instaurado em 14 de maio concluiu que os ataques ocorreram em soluções hospedadas fora da infraestrutura do Ministério Público Federal (MPF).

O documento apresenta a cronologia das providências adotadas no âmbito da Procuradoria-Geral da República (PGR) desde o início do mês de maio, quando começou a ser acionada a respeito do assunto. Entre as medidas, destaca-se a recomendação de adoção da habilitação de dupla verificação, providência que, conforme análise técnica, faz com que o usuário deixe de estar vulnerável a um ataque tanto pelo Telegram quanto pelo WhatsApp. Neste caso, o acesso só seria possível se o usuário fornecesse a senha cadastrada.

No despacho, Dodge destaca que a conclusão dos trabalhos técnicos afastou situação de fragilidade da segurança institucional do Ministério Público Federal e comprovou que nenhum sistema disponibilizado pelo Ministério Público da União foi alvo de invasões ou ataques cibernéticos de qualquer natureza.

“Observo, no entanto, que há indicação técnica para adoção da solução e-Space, dispositivo que integra o serviço de comunicação e colaboração unificada, adotado pelo Órgão para tornar seguras as comunicações móveis e fixas por videoconferência ou mensageria. Esta ferramenta utiliza infraestrutura própria e criptografia devidamente certificada pelo MPF”, completou, determinando a edição de portaria para disciplinar o uso da ferramenta por membros e servidores.

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