PGR quer que Temer, Padilha e Moreira Franco sejam investigados juntos

  • Por Jovem Pan
  • 10/01/2019 21h14
Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo Ex-presidente e ex-ministro são investigados pelo suposto recebimento de propinas

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, quer que o ex-presidente Michel Temer e os ex-ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha sejam investigados de forma conjunta em inquérito sobre suposto recebimento de propina da empreiteira Odebrecht.

Ela enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (10). Em outubro passado, o relator da Operação Lava Jato na Corte, ministro Edson Fachin, determinou a suspensão do inquérito até o fim do mandato presidencial de Temer.

Entretanto, Fachin determinou que parte das apurações que envolvem Padilha (ex-Casa Civil) e Moreira Franco (ex-Minas e Energia) fossem encaminhadas à Justiça Eleitoral de São Paulo. Dodge, na contramão, entende que as acusações têm conexão.

Com base nisso, a procuradoria pretende que os três investigados sejam julgados conjuntamente em uma única instância. Como Supremo em recesso, a decisão sobre qual tribunal vai cuidar do caso ainda deve demorar para ser tomada pelos ministros.

Reunião no Jaburu

Em delação premiada, seis ex-executivos da Odebrecht revelaram pagamento de R$ 10 milhões para o “caixa dois” da campanha de Paulo Skaf (MDB) ao governo de São Paulo em 2014. O repasse foi acertado com Michel Temer no Palácio do Jaburu.

A reunião que aconteceu na residência oficial do então vice-presidente da República teria tido a participação do ex-presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, e Eliseu Padilha – que na época, ministro da Aviação Civil.

De acordo com a Polícia Federal, R$ 1,4 milhão teriam sido recebidos por Temer por meio de intermediários. Em outubro, o advogado Daniel Gerber, que representa Padilha, disse que jamais houve qualquer ato de corrupção imputado ao ex-ministro.

Quando o relatório da investigação de policiais federais foi revelado, o Palácio do Planalto distribuí nota à imprensa afirmando que as conclusões do delegado responsável pelo caso eram “um atentado à lógica e à cronologia dos fatos”.

*Com informações da Agência Brasil

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