Planalto diz que Bolsonaro não pretendia criticar Carnaval ao compartilhar vídeo

  • Por Jovem Pan
  • 06/03/2019 21h13 - Atualizado em 06/03/2019 22h04
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Fátima Meira/Estadão Conteúdo Quis "caracterizar uma distorção clara do espírito momesco, que simboliza a descontração", diz a nota do Planalto

O Palácio do Planalto publicou uma nota em que diz que o presidente Jair Bolsonaro não teve intenção de criticar o carnaval ao compartilhar um vídeo obsceno e associá-lo aos blocos de carnaval.

A publicação, foi feita no twitter na noite da última terça-feira, 5, na conta do presidente, era de um vídeo que mostrava dois homens fazendo atos obscenos diante de uma multidão e a mensagem “é isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro”.

Na mensagem, o Planalto afirma que Bolsonaro quis “caracterizar uma distorção clara do espírito momesco, que simboliza a descontração, a ironia, a crítica saudável e a criatividade da nossa maior e mais democrática festa popular”.

No texto, a assessoria do Planalto diz que o vídeo postado na rede social do presidente possui cenas que escandalizaram não só Bolsonaro, mas grande parte da sociedade. “É um crime, tipificado na legislação brasileira, que violenta familiares e as tradições culturais do carnaval”, diz outro item da nota sobre o vídeo.

Hoje, o presidente fez nova publicação na qual questionou “o que é Golden shower?”, que significa a prática de envolver urina na relação sexual. A nota foi divulgada após forte reação negativa, inclusive da imprensa internacional.

O vice-presidente Hamilton Mourão não quis comentar o vídeo: “Não sou ventríloquo do presidente”

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, não quis comentar a polêmica. “Sem comentários”, reagiu Mourão sobre o assunto em três momentos. “Não vou comentar o que eu não sei. Não sou ventríloquo do presidente”, reagiu.

Diante da insistência de jornalistas, Mourão minimizou o impacto negativo das publicações feitas por Bolsonaro e negou que o caso possa respingar na tramitação de propostas relevantes no Congresso, como a reforma da Previdência. “Isso morre amanhã. Está morto amanhã. Tudo passa”, disse o vice.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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