Maia defende alternativa ao Plano Mansueto focada no curto prazo

  • Por Jovem Pan
  • 07/04/2020 16h15 - Atualizado em 07/04/2020 16h21
Frederico Brasil/Estadão Conteúdo Presidente da Câmara afirmou que os governadores estão de acordo com a proposta e que gostaria de tratá-la com a equipe econômica

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), disse em pronunciamento nesta terça-feira (7) que “vai ser difícil construir um acordo no Plano Mansueto“, espécie de projeto de socorro financeiro aos estados. Por isso, de acordo com ele, será construída uma alternativa de um texto enxuto, que trate especificamente do curto prazo.

“O Plano Mansueto trata de temas estruturais e há uma convergência de que as soluções das próximas semanas precisam ser no curto prazo. Ele tem uma finalidade e pode acabar sendo distorcido e incluídos temas que vão garantir recursos que endividem os estados no longo prazo”, explicou.

Segundo Maia, alguns assuntos que serão abordados nesse novo texto serão o ICMS dos próximos três meses e a possibilidade de abrir linhas de financiamento para os estados no enfrentamento da crise do coronavírus.

O presidente da Câmara afirmou que os governadores estão de acordo com a proposta, e que a Casa gostaria, agora, de construir isso junto com a equipe econômica do governo. “Vamos tratar do [Plano] Mansueto em uma hora que o curto prazo não esteja contaminando tanto as decisões”, esclareceu.

Ele anunciou, ainda, um corte de R$ 150 milhões das despesas da Câmara, como passagens e horas extras.

Auxílio emergencial

O Senado aprovou um texto-base que amplia o alcance do benefício de R$ 600 a ser pago para trabalhadores informais, intermitentes e microempreendedores individuais (MEIs). Foram incluídas mães adolescentes, pais solteiros e trabalhadores informais que, em 2018, tiveram rendimentos altos e estavam excluídos da proposta original.

O projeto foi para votação na Câmara dos Deputados, o que deve acontecer até amanhã, de acordo com Maia. Para o presidente, “a maior parte dele é muito positiva”. No entanto, o mais importante agora “é que o dinheiro chegue rápido até a casa das pessoas”.

Ele criticou o fato de só a Caixa estar fazendo os depósitos, afirmando que “todas as empresas de crédito e outros bancos também poderiam ajudar”.

“[Ministro da Cidadania] Onyx pediu que as pessoas procurassem apenas as casas lotéricas, excluindo os CRAS. Esse governo fala ‘menos Brasília, mais Brasil’, pelo que eu entendo é o contrário, ‘mais Brasília, menos Brasil’, concentrando tudo na Caixa. Isso é um desrespeito com os municípios e com os CRAS, que vem há anos construindo um trabalho junto do governo”, pontuou.

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