PM acusado de matar menina Ágatha Félix vira réu no Rio de Janeiro

  • Por Jovem Pan
  • 08/12/2019 08h42
Reprodução/Redes Sociais Ágatha Felix, de 8 anos, morreu após ser atingida por uma bala perdida

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público (MPRJ) contra o policial militar (PM) Rodrigo José de Matos Soares, acusado de ter disparado o tiro que matou a menina Ágatha Félix, de 8 anos, no Complexo do Alemão, em setembro.

A decisão, que foi proferida pela juíza Viviane Ramos Faria na última quinta-feira (5), torna Rodrigo réu, além de determinar a cassação de seu porte de arma e proibir que ele exerça atividades de policiamento ostensivo até o fim do processo, que corre na 1ª Vara Criminal. O PM também não pode deixar o Rio de Janeiro.

De acordo com a juíza, Rodrigo não agiu em legítima defesa, como alegado no início da investigação. Segundo a decisão, não havia confronto na região e Ágatha morreu “por erro no uso dos meios de execução por parte do policial militar Rodrigo José de Matos Soares”.

Agora, o PM vai responder por homicídio qualificado e pode ser condenado de 12 a 30 anos de prisão.

Crime

O crime ocorreu na noite de 20 de setembro de 2019, por volta de 21h30, na comunidade da Fazendinha. De acordo com a denúncia, o PM estava em serviço quando atirou de fuzil contra duas pessoas não identificadas que trafegavam em uma moto, por acreditar que se tratava de integrantes do tráfico local.

Na época, a Polícia Militar disse que houve confronto entre policiais e traficantes. Já os familiares de Ágatha e o motorista da Kombi afirmaram que não houve tiroteio.

A menina chegou a ser socorrida e levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Alemão, e depois transferida para o Hospital Getúlio Vargas, onde foi operada durante cinco horas. Ágatha não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 21.

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