PM apura falha de conduta de policiais em caso de morador de rua no Rio de Janeiro
Witzel disse que “se estivesse no lugar do policial, teria dado tiro na cabeça”
A Secretaria de Estado da Polícia Militar abriu sindicância para apurar se houve falha na conduta dos PMs que atenderam à ocorrência do morador de rua que esfaqueou três pessoas no Rio de Janeiro, neste domingo (28). Isso porque outras quatro foram feridas por tiros, sendo que apenas os policiais portavam armas de fogo.
Segundo o depoimento deles à Corregedoria “houve a utilização do taser (arma de eletrochoque), porém não sendo eficaz para neutralizar a ação do agressor. Sendo então ele atingido por dois disparos de arma de fogo nas pernas”.
Uma técnica de enfermagem dos Bombeiros, Girlane Sena, foi baleada no joelho. Um médico da corporação, Fábio Raia, foi atingido por estilhaços de bala. Um PM cuja identidade não foi divulgada também foi baleado, além do morador de rua, atingido nas pernas.
Apesar de ter aberto a sindicância para apurar se houve falha na ação, a PM informou que a “rápida chegada dos policiais militares evitou uma tragédia maior, pois o agressor, armado com uma faca e visivelmente transtornado, certamente atacaria outras pessoas”.
Witzel diz que ‘se estivesse no lugar do policia, teria dado tiro na cabeça’
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), classificou a ação da polícia como “muito profissional” e afirmou que, “se estivesse no lugar do policial, teria dado um tiro na cabeça dele”. “Mas o policial foi melhor do que eu imaginava. Ele atirou para neutralizar e tentar recuperar aquela pessoa. Parabéns à Polícia Militar”, afirmou.
“Nós temos que preservar a vida do agressor também”, disse. “Para isso que a polícia é treinada. Eventualmente, qualquer tipo de equívoco que aconteceu naquela ação, nós vamos corrigir para evitar que outras como essa aconteçam”, completou.
Sobre o crime
O morador de rua Plácido Correa de Moura, de 44 anos, atacou a facadas o engenheiro João Carvalho Napoli, de 35 anos, que estava em um carro, parado no sinal, acompanhado da namorada, a bióloga Caroline Azevedo Moutinho, de 29 anos, que também foi ferida. Napoli acabou morrendo e Caroline está internada em um hospital da zona sul. Ela não corre risco de vida.
O educador físico Marcelo Henrique Correa Reais, de 39 anos, que foi ajudar o casal, também foi atacado a facadas e morto. Quando isso aconteceu, no entanto, já havia policiais militares de três diferentes batalhões no local. Segundo informações da própria corporação, PMs do 23º BPM (Leblon), do 19º BPM (Copacabana) e também do BPTur participaram da ação.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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