PMDB continua na base do governo, garante líder da sigla na Câmara
![Elza Fiúza/Agência Brasil](https://jpimg.com.br/uploads/2017/04/1854618887-picciani-participou-na-semana-passada-de-reuniao-com-dilma-e-os-ministros-do-governo.jpg)
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã da Jovem Pan, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani, garantiu que o partido “continua fazendo parte da base” do governo Dilma Rousseff.
“Temos alguns parlamentares que têm uma relação mais crítica com o governo desde antes das eleições (de 2014)”, assume o deputado. “Mas a mairia do partido tem votado com a base”, diz.
“O governo precisa reconhecer que neste momento tem sua base desarticulada e que é preciso reagrupar a sua base”, sugeriu, entretanto, o líder do maior partido aliado de Dilma, sobre as chamadas “pautas-bomba”, que devem continuar a ser votadas nesta semana. Para o deputado, o Brasil precisa encontrar o “caminho do equilíbrio, o ponto de diálogo”.
Picciani também garante que nunca conversou com seus correligionários sobre um possível impeachment da presidente Dilma. “Esse tema nunca foi discutido ainda”, disse Picciani, enfatizando o “ainda”. “Nós não identificamos até esse momento o cometimento de nenhum crime (pela presidente)”, justifica. “Como é um tema grave, não pode ser tratado de forma abstrata”
O deputado afirmou ainda que torce pela superação das crises política e econõmica no Brasil. “Espero que o governo possa melhorar porque o País precisa disso (…). O País não pode ficar o tempo todo pagando essa conta”.
O líder do PMDB defendeu “uma mudança estrutural do governo”, incluindo a redução do número de ministérios. Picciani acredita que Dilma ainda cconsegue reverter o quadro negativo. “Mas precisa ser feito já; não há tempo há perder”, ressaltou.
Leonardo Picciani diz, por fim, apoiar as manifestações anti-governo. “Faz parte da democracia, do estado de direito, e é algo positivo”, defendeu, apesar de garantir que não irá às ruas no próximo domingo (16).
Ele também garantiu que nunca fez indicação de cargos para o governo, apesar de ter encaminhado “os pleitos da bancada” do PMDB. “Não tenho nenhum pleito pessoal e não pretendo ter”, disse.
Ouça a entrevista completa no áudio do começo do texto.
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