PMDB vai apoiar as medidas de ajuste fiscal, diz Kátia Abreu

  • Por Agencia Brasil
  • 24/02/2015 10h34
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 22-05-2012, 17h00: A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, no Senado Federal, em Brasília (DF). O empresário irritou a CPMI ao se negar a responder a 30 das 60 perguntas feitas por parlamentares durante duas horas e meia de depoimento, alegando que falará antes à Justiça. "Estamos aqui perguntando para um múmia, uma pessoa que não quer responder", afirmou a senadora, que sugeriu o encerramento da sessão e teve sua proposta acolhida. Preso desde 29 de fevereiro de 2012 sob acusação de explorar jogos ilegais e comandar um vasto esquema de corrupção, Cachoeira saiu em 22 de maio pela primeira vez do complexo penitenciário da Papuda, sob forte esquema de segurança. A CPMI foi instalada em 25 de abril de 2012 para investigar práticas criminosas de Cachoeira e agentes públicos e privados, desvendadas pelas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. (Foto: Sérgio Lima/Folhapress, PODER) Folhapress Senadora Kátia Abreu afirmou que a CCJ irá votar lei que define vandalismo como crime

O PMDB vai apoiar as medidas de ajustes fiscal propostas pelo governo. Essa foi a conclusão do encontro entre dirigentes do partido e integrantes do governo, em jantar realizado na noite desta segunda (23), no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fez uma apresentação das duas medidas provisórias, enviadas ao Congresso Nacional, que modificam o acesso a benefícios trabalhistas. As Medidas Provisórias 664 e 665, entre outros assuntos, determinam novas regras para acesso a benefícios previdenciários como, por exemplo, abono salarial, seguro-desemprego e auxílio-doença.

A informação sobre o apoio do PMDB e sobre a apresentação do ministro Levy sobre as medidas do governo foi passada pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu. Segundo ela, o ministro Levy – ao justificar a necessidade de adoção das medidas – fez uma explicação “bastante contundente, bastante clara da situação” econômica do país.

De acordo com Kátia Abreu, Levy pediu a aprovação das medidas e deixou uma sensação de “otimismo muito grande” para os próximos anos. “Foi uma reunião maravilhosa. Mais uma vez o PMDB vai apoiar as medidas do governo. O PMDB vai apoiar as duas MPs”, declarou Kátia Abreu na saída do encontro. Além de Levy, estiveram presentes os ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

De acordo com a ministra, durante o encontro os participantes não entraram em detalhes sobre se o apoio se dará diretamente ao texto original das medidas enviadas ou se haverá modificação nas propostas. Segundo ela, o apoio de qualquer forma se dará na forma que o ajuste fiscal exige. “O partido assumiu o compromisso de apoiar as medidas”, disse.

Participaram da reunião todos os ministros do partido no governo Dilma Rousseff, além dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha. Conforme disse Kátia Abreu, Cunha foi um dos “mais contundentes [participantes a] apoiar as medidas do governo”. Lideranças do partido – como o ex-presidente José Sarney – também participaram do jantar, além do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante (único integrante do PT).

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