“Poderia ter fugido, mas não quis”, disse Lula antes de ser preso
Em novo vídeo divulgado neste domingo (22), gravado antes de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se entregar à Polícia Federal no último dia 7, o petista afirma que teve chances de fugir, mas preferiu não fazê-lo porque quer provar sua inocência.
Na gravação, Lula diz por que decidiu se entregar. “Essa decisão minha de aceitar o cumprimento do mandato (sic) é para provar uma coisa neste País: primeiro, que eu não tenho medo das denúncias que estão contra mim porque eu sou inocente”, afirmou o ex-presidente, condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no recebimento de propina por meio da reforma de um apartamento triplex no Guarujá pela empreiteira OAS, que tinha interesses em contratos com a Petrobras. Lula tem outras seis acusações criminais para responder.
O petista continua: “Segundo, eu poderia ter fugido. Eu tive na divisa do Paraguai com o Brasil. Eu tive em Foz do Iguaçu, vizinho do Uruguai (Paraguai, na verdade) e da Argentina. Eu poderia ter saído. Eu poderia ter ido a uma embaixada. Eu não quis fugir porque quem é inocente não corre, enfrenta o problema. E eu quero provar minha inocência. Se tem político que não tem honra e não se defende, eu tenho muita honra e quero me defender”, garantiu Lula.
O ex-presidente desafiou o procurador Deltan Dallagnol e o juiz Sérgio Moro a um “debate público” sobre seus processos. “Eles estão mentindo a meu respeito. Eles sabem que é mentira e estão quase que serviçais da Globo”, acusou Lula. “Eu resolvi enfrentá-los”, disse o ex-presidente antes de cumprir a ordem de prisão de Moro, autorizada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
“Eu estou com a consciência tranquila dos inocentes”, concluiu o petista.
Veja:
"Eu não tenho medo das denúncias contra mim, porque eu sou inocente. E não sei se meus acusadores são." – Lula, momentos antes de se apresentar à Polícia Federal no dia 7 de abril, em São Bernardo.Vídeo: Ricardo Stuckert
Publicado por Lula em Domingo, 22 de abril de 2018
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