Poeta Álvaro Alves de Faria lança ‘Livro-Arbítrio’, obra com mais de mil poemas, amanhã em São Paulo

Livro trata de temas que cercam a vida do homem, como a solidão: ‘A pandemia me fez muito mal, e essa angústia passou para os poemas’; lançamento será na Casa das Rosas, a partir das 18h

  • Por Jovem Pan
  • 28/09/2022 12h53 - Atualizado em 28/09/2022 13h03
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Divulgação Capa do livro de Álvaro Alves de Faria Lançamento de “Livro-Arbítrio”, de Álvaro Alves de Faria, será realizado na quinta-feira, 29, a partir das 18h, na Casa das Rosas, na avenida Paulista, 37, em São Paulo

O poeta Álvaro Alves de Faria, um dos nomes mais significativos da geração dos anos 60 da poesia brasileira, lançará o livro “Livro-Arbítrio – Mil e tantos novos poemas”, pelas editoras Ibis Libris, do Rio, e Pantemporâneo, de São Paulo, na quinta-feira, 29, na capital paulista. São 1.500 poemas escritos em 11 anos de trabalho. Segundo o autor, a intenção era escrever um livro com 1.000 poemas, mas o arquivo foi sendo sempre alimentado, ao longo dos anos, ultrapassando a meta. A obra, de 900 páginas, traz longo ensaio da escritora e professora de literatura Graça Capinha, da Universidade de Coimbra, Portugal, com o título “Um Poeta Universal”. O lançamento de “Livro-Arbítrio” será realizado na quinta-feira, 29, a partir das 18h, na Casa das Rosas, na avenida Paulista, 37, em São Paulo. 

“Nunca acreditei que tal livro seria um dia publicado. Quando vi que já tinham cerca de 1.500 poemas, iniciei, então, o trabalho de cortar para chegar a 1.000, como era o projeto inicial. Mas, confesso, não consegui. Assim, as editoras decidiram publicar o arquivo inteiro de poemas escritos de 2009 a 2020”, afirma o autor. Os 1.500 poemas inéditos foram divididos em 15 blocos, separados cada um por um autorretrato, uma vez que o poeta também se dedica às artes plásticas. “Orgulho-me deste livro. Não sei qual caminho vai tomar, mas orgulho-me dele. Não se alinharam em vários momentos de minha produção de poesia, mas eram e são poemas vivos que foram colocados num arquivo até chegar o seu tempo. E esse tempo chegou. Publicar poesia no Brasil não é fácil. Imaginem um livro com mais 1.000 poemas”, completa o poeta.

Quase todos os poemas do livro foram escritos na primeira pessoa, explica o autor. “Poemas com achados poéticos sobre todas as coisas que cercam a vida do homem, mas, sobretudo, a solidão nos tempos atuais, quando tudo parece perdido e os valores estão invertidos em tudo. Foram 11 anos de trabalho, mas dediquei-me mais ao livro durante a pandemia, que me fez muito mal e essa angústia passou para os poemas, reproduzindo a perplexidade diante de uma situação interminável. Mas, antes de tudo, os poemas valorizaram os achados poéticos com as palavras tantas vezes com duplo sentido, o que resultou numa experiência que me levou onde nunca imaginei que a poesia poderia me levar”, completa.

Álvaro é autor de mais de 60 livros no Brasil, entre romances, ensaios, livros de entrevistas literárias e, sobretudo, poesia. Tem 23 livros publicados em Portugal, 8 na Espanha e 1 na Itália. É também autor de teatro. Recebeu, ao longo dos anos, alguns dos principais prêmios literários do país. Destacam-se, além dos dois Jabutis, três premiações especiais da Associação de Críticos de Arte de São Paulo (APCA), o Prêmio Poesia e Liberdade Alceu Amoroso Lima, em 2018, e o Prêmio de Poesia Guilherme de Almeida, em 2019 — estes dois últimos pelo conjunto da obra.

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