Polícia abre Barão Gatuno contra fraudes na energia e mira Eduardo Cunha

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 08/06/2017 08h37
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Eduardo Cunha 7 Vidas

Policiais da Delegacia Fazendária (DELFAZ) realizam, na manhã desta quinta-feira (8), a Operação Barão Gatuno.

A investigação mira no ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Os agentes cumprem 33 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça, contra envolvidos em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no estado do Rio.

A investigação tem por base inquérito oriundo de delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral, que noticia esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, em Furnas.

Em seus depoimentos, Delcídio do Amaral falou sobre a ligação da atual diretoria de Furnas a Cunha e a relação do deputado com o operador financeiro Lúcio Funaro. O ex-deputado Eduardo Cunha foi o responsável por alterar a legislação do setor energético, em 2007 e 2008, para beneficiar seus interesses e de Funaro, com a relatoria de medidas provisórias (396/2007 e 450/2008) que favoreceram a empresa Serra da Carioca II, na época em que um indicado de Cunha ocupava a presidência da subsidiária.

Delcidio ainda disse na sua delação que relatou ao ex-presidente Lula que muitas pessoas queriam a permanência do diretor de Furnas Dimas Toledo. O delegado da polícia civil Carlos Augusto Nogueira diz que a Toledo facilitaria a realização de negócios com superfaturamento. “O senador Delcídio tem uma conversa no avião presidencial com Lula. Nessa conversa, ele fala de que, em Furnas, uma determinada pessoa deveria ser protegida e o ex-presidente questiona: ‘várias pessoas estão pedindo por ele, Cunha, pessoas ligadas ao PSDB'”.

A ação tem o apoio de 15 delegacias do DGPE, da Coordenadoria de Combate à Corrupção do Laboratório de Tecnologia e Lavagem de Dinheiro da PCERJ e da Polícia Civil do Estado de São Paulo, em primeira fase de investigação presidida pelos delegados Gilberto Ribeiro e Ana Paula Costa.

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