Polícia ainda quer descobrir origem do disparo que matou menino Arthur

  • Por Jovem Pan
  • 05/01/2018 16h38 - Atualizado em 05/01/2018 17h02
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MARCELO GONCALVES/ESTADÃO CONTEÚDO Polícia Civil prende suspeito de ter efetuado disparos que matou menino Arthur Delegado Antônio Sucupira Neto, do 89º DP, investiga possível omissão de socorro no caso do menino Arthur

Após o resultado negativo do confronto balístico realizado pelo Instituto de Criminalística de São Paulo, na última quinta-feira (4), a Polícia Civil descartou que a bala que matou o menino Arthur, de apenas 5 anos, tenha saído da arma do suspeito detido ao longo da semana. A partir de agora as investigações devem se concentrar na origem dos disparos, além de uma possível omissão de socorro de um dos Hospitais.

Em entrevista à Jovem Pan, o delegado titular do 89º DP, Antônio Sucupira Neto, confirmou que a Polícia ainda vai solicitar um novo exame para descobrir a real trajetória do projétil. “Embora esse suspeito tenha confessado que efetuou disparos de arma de fogo, a todo momento ele falava que os disparos ocorreram na zona sul. Sabemos que o fato com o menino Arthur ocorreu na Zona Oeste, uma distância de 15 km, o que torna fisicamente impossível que esses projéteis tenham atingido o garoto. Cabe à Polícia de São Paulo proceder desta forma e requisitar o exame do confronto balístico”, revelou.

Questionado se já há outros suspeitos, o delegado diz que ainda há muitas informações chegando, porém cabe à Polícia checar a veracidade. “Ainda não temos outros suspeitos em vista. Estamos trabalhando com esse suspeito e investigando tudo o que tem chegado até nós (…) Nesta sexta-feira (5) recebemos imagens de uma câmera de segurança da casa aonde o menino Arthur estava. Agora estamos fazendo a degravação destas imagens para sabermos se o disparo foi feito da porta desta residência”, declarou o delegado.

Como o crime ocorreu na virada de ano, em torno de 30 pessoas estavam na casa. Segundo a Polícia, algumas testemunhas serão ouvidas, inclusive uma enfermeira que participou dos primeiros socorros. “Primeiramente ouvimos os pais e alguns familiares (…) Nós descartamos, por hora, a possibilidade dos disparos terem sido efetuados dentro da festa por algum convidado. Em seguida, soubemos que havia uma profissional de saúde na família, que inclusive participou dos primeiros socorros no momento em que o menino foi baleado. Pedimos para ouvi-la porque há uma notícia que, logo após o primeiro atendimento, tenha ocorrido uma possível omissão de socorro na transferência do primeiro para o segundo Hospital. Ela é importante e aguardamos a vinda ainda nesta sexta-feira”, finalizou Sucupira Neto.

*Informações do repórter Fernando Martins 

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