Polícia apreende R$ 200 mil em dinheiro em endereços de ex-secretária do Amazonas
Os investigadores suspeitam que Waldívida enriqueceu no cargo. Ela teria desviado R$ 40 milhões. A Concreto Armado foi deflagrada pelos promotores do Gaeco, braço do Ministério Público Estadual que combate crime organizado.
Os promotores já identificaram pelo menos 23 imóveis, inclusive mansões, avaliados em mais de R$ 11 milhões, em nome de Waldívia e seus filhos. Planilhas apreendidas pela força-tarefa indicam que o patrimônio oculto da ex-secretária pode chegar a 40 imóveis.
A defesa de Waldívia reagiu enfaticamente às acusações e afirmou, à imprensa de Manaus, que ela não desviou recursos públicos. A ex-secretária já vem prestando esclarecimentos à Justiça e também ao Tribunal de Contas do Estado, sempre que intimada, disse sua defesa à imprensa local. A prisão de Waldívia tem caráter temporário, por cinco dias.
Influente, Waldívia passou por três governos no Amazonas – Omar Aziz, Jose Melo e Eduardo Braga. O Ministério Público Estadual rastreia os imóveis atribuídos a ela espalhados em vários Estados.
Segundo os promotores do Gaeco do Amazonas, a Operação Concreto Armado mira uma suposta organização criminosa que se instalou na Secretaria de infraestrutura no período em que Waldívia chefiou a pasta.
Diversas apurações do Tribunal de Contas do Estado dão conta da não execução de obras e superfaturamentos de contratos em valores que atingem R$ 25 milhões.
Segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) – órgão do Ministério da Fazenda que fiscaliza transações em dinheiro – Waldívia fez saques de R$ 1,4 milhão em um período de três anos.
Defesa
A reportagem está tentando localizar a defesa da ex-secretária. O espaço está aberto para manifestação.
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