Polícia boliviana prende homem acusado de esquartejar família em São Paulo
As autoridades da Bolívia apresentaram, neste domingo (10), o homem acusado de esquartejar um casal boliviano e seu filho de sete anos em São Paulo, e afirmaram que pretendem entregá-lo à Justiça brasileira para que seja indiciado.
O boliviano Gustavo S.V.A., preso no sábado na cidade de Santa Cruz, foi apresentado diante da imprensa em entrevista coletiva nessa cidade pelo ministro de Governo, Carlos Romero, e pelo chefe da Força Especial de Luta contra o Crime (FELCC) dessa região, coronel Gonzalo Medina.
O ministro Romero indicou que já foi decidido iniciar os trâmites correspondentes para que o homem, que confessou o crime, “possa ser remitido à Justiça brasileira”.
“Ele cometeu este grave crime, este triplo assassinato em território brasileiro, em jurisdição brasileira, e nestes casos sempre optamos que a pessoa seja transferida e submetida à Justiça de onde se cometeu o crime maior”, explicou o ministro.
O crime
O caso aconteceu em dezembro do ano passado, quando foi denunciado no Brasil o desaparecimento do boliviano Jesús Reynaldo Condori Roque, de 39 anos; sua esposa Irma Morante Condori, de 38, e seu filho Gian Abner Morante Condori, de sete.
Os corpos dos três foram achados em janeiro esquartejados e empacotados em três malas dentro de uma casa em Itaquaquecetuba, na região metropolitana de São Paulo.
Após cometer o crime, Gustavo S.V.A. decidiu entrar em um veículo em São Paulo no qual normalmente os bolivianos se transferem até a fronteira para “conseguir material de costura”, segundo disse à imprensa o coronel Medina.
O homem ingressou em território boliviano a pé, “sem nenhum tipo de procedimento administrativo migratório”, e depois chegou a Santa Cruz, onde perambulou por diferentes hospedarias, acrescentou.
O acusado, que deixou crescer a barba e o cabelo, conseguiu alugar um quarto “com ajuda de um amigo” e há poucos dias telefonou para seu irmão, o que permitiu à polícia descobrir seu paradeiro e finalmente detê-lo, indicou o chefe policial.
“No interrogatório policial se declarou culpado e disse que, depois de ter um inconveniente de ordem administrativa e econômica com seu concunhado, eles discutiram e terminou o matando”, detalhou Medina.
Em uma declaração breve à imprensa, Gustavo S.V.A. disse que primeiro matou Condori, depois Morante e dois dias depois a criança, porque “chorava muito” e “perguntava pelos seus pais”.
O acusado permanecerá nas celas da FELCC enquanto são finalizados os trâmites para sua transferência ao Brasil.
*Com informação da Agência EFE.
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