Polícia do Piauí prende três suspeitos de matar dois adolescentes; acusados são da mesma família

Jovens teriam invadido residência da família para tentar entrar em festa; eles foram torturados e mortos a tiros

  • Por Jovem Pan
  • 08/02/2022 19h45 - Atualizado em 08/02/2022 19h48
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Reprodução / Instagram Da direita para a esquerda: o empresário João Paulo Carvalho, o advogado Guilherme de Carvalho e o servidor público Francisco das Chagas Sousa Três membros de uma família foram acusados de torturar e matar adolescentes em Teresina (PI)

A Polícia Civil do Piauí prendeu preventivamente nesta terça, 8, o empresário João Paulo Carvalho, o tio dele, o servidor público Francisco das Chagas Sousa, 70 anos, e o primo, o advogado Guilherme de Carvalho, que são suspeitos de assassinarem dois adolescentes, Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, e Anael Natan Colin, de 17 anos, em Teresina. A Polícia defende que os três sejam indiciados pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, tortura e impossibilidade de defesa das vítimas), cárcere privado, ocultação de cadáver e fraude processual. A defesa afirma que o tio não teve participação no crime.

Luian e Anael foram encontrados mortos na Zona Leste de Teresina, em uma área rural, no dia 15 de novembro, após dois dias desaparecidos. Os dois teriam invadido a casa da família na intenção de entrar numa festa que acontecia em uma residência vizinha. Francisco e Guilherme teriam dominado os dois, e João Paulo chegado posteriormente em uma caminhonete que possuía. Eles teriam tido dificuldades em acionar a polícia, e, então, colocaram os adolescentes no veículo. João Paulo e Guilherme teriam levado Luian e Anael a um local a mais de 20 quilômetros de distância, e, no trajeto, decidiram matar os jovens. Eles foram retirados da caminhonete e executados a tiros. A Polícia ainda apura a participação de Francisco – em depoimento anterior, ele confessou o crime.

“A gente não tem dúvida que todos os três concorreram para a prática do crime, ou seja, nós temos um duplo homicídio, triplamente qualificado, um cárcere privado, ocultação de cadáver e fraude processual, um verdadeiro rosário de crime. Os jovens foram torturados, espancados, foi comprovado [que haviam] manchas de sangue no veículo do João Paulo e segundo o laudo eles foram mortos de joelhos com tiros na nuca”, afirmou o delegado Francisco Baretta, coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.

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