Polícia Federal deflagra 33ª fase da Lava Jato, denominada “Resta Um”

Rio de Janeiro - Polícia Federal chega com malotes da Operação Pripyat na sede da polícia no Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil) Agentes da Polícia Federal chegam com malotes da Operação Pripyat na sede do órgão

A Polícia Federal está nas ruas desde cedo desta terça-feira (2) para cumprir a 33ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Resta Um”. Foram expedidos 32 mandados – um de prisão preventiva, dois de prisão temporária, seis de condução coercitiva e 23 de busca e apreensão. Participam da operação 150 policiais.

Os Estados onde são cumpridas as ordens judiciais são São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais. O principal alvo é a empreiteira Queiroz Galvão, que participou do cartel de empreiteiras que lesou a Petrobras. A empresa, terceira maior investigada da Lava Jato, teria repassado R$ 10 milhões ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra (morto em 2014) para barrar investigações de CPI em 2009. A companhia seria a última das grandes empreiteiras que está sendo averiguada pela Lava Jato, por isso o nome da operação.

As obras da estatal investigadas nesta nova fase da operação, de acordo com a Polícia Federal, são os complexos petroquímicos no Rio de Janeiro, na Refinaria Abreu e Lima (Ipojuca, PE), Refinaria Vale do Paraíba (São José dos Campos, SP), Refinaria Landulpho Alves (São Francisco do Conde, BA) e Refinaria Duque de Caxias (RJ). Os executivos da Queiroz Galvão são investigados, de acordo com a PF, “pela prática sistemática de pagamentos indevidos a diretores e funcionários da Petrobras”.

Já fazia quase um mês que uma nova fase da Lava Jato não era deflagrada. A mais recente (32ª), denominada operação “Caça-Fantasmas”, havia ocorrido em 7 de julho e tinha como alvo principal o FPB Bank, banco panamenho que ajudava brasileiros a ocultarem dinheiro no exterior.

Com informações de Estadão Conteúdo