Polícia investiga se mais um chefe de milícia atuou nas mortes de Marielle e Anderson
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se o policial Rafael Luz Souza, conhecido como Pulgão, está envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. O crime completa um ano no próximo dia 14 — sem solução.
Segundo o portal de notícias UOL, Pulgão é ex-integrante do Escritório do Crime. A principal linha de investigação da polícia relaciona os assassinatos com integrantes dessa milícia. Pulgão teria sido expulso do grupo após falhar numa ação que resultou na morte do filho de um bicheiro.
Atualmente, o policial chefiava uma outra milícia, que atua nos bairros de Realengo, Bangu e Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. Pulgão foi detido em julho do ano passado com uma metralhadora antiaérea .50, cinco fuzis, munição e dois carros roubados.
Ainda de acordo com o UOL, o policial está preso em uma “cela de seguro”, ou seja, num lugar reservado para presos ameaçados de morte. O setor de Inteligência policial do Rio afirma que ele seria “portador privilegiado de várias informações acerca de vários crimes de homicídios” ocorridos em 2017 e 2018.
O criminoso foi ouvido pela Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro em 7 de dezembro do ano passado, depois que a Polícia pediu que ele fosse escoltado para prestar depoimento. “Tal solicitação se faz necessária em razão de o citado ser investigado no inquérito policial 901-00385/2018”, número do processo que investiga as mortes de Marielle e Anderson. Ele se manteve em silêncio durante o interrogatório.
Nesse mesmo dia, ele foi questionado sobre a morte do empresário Marcelo Diotti da Mata, assassinado a tiros na Barra da Tijuca, em circunstâncias semelhantes e na mesma noite em que morreram Marielle e Anderson. A munição usada no homicídio de Mata é a do mesmo tipo da encontrada pelos policiais quando prenderam o miliciano.
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