Polícia investiga vídeo falso sobre caixões enterrados com pedras em MG

  • Por Jovem Pan
  • 05/05/2020 16h09
Agência Brasil Polícia prende terceiro suspeito de roubo de ouro em Guarulhos Polícia Civil investiga vídeo falso sobre o novo coronavírus

A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito policial para apurar a origem de um vídeo no qual uma mulher, cuja identidade está sendo investigada, afirma que, em Belo Horizonte, caixões estariam sendo enterrados vazios ou com pedras e paus no lugar dos corpos de vítimas do novo coronavírus. A Polícia e a Prefeitura de Belo Horizonte afirmam que o conteúdo do vídeo é falso, e a autora pode ser condenada a até 9 anos de prisão.

“É preciso que a população se conscientize de que as atitudes no mundo virtual têm consequências no mundo real”, disse o delegado-geral Wagner Sales nesta terça-feira (5), solicitando ajuda dos cidadãos para tentar chegar até a mulher que aparece no vídeo. Ela é investigada por denunciação caluniosa, difamação contra autoridade pública e propagação de tumulto e alarme

“Precisamos que a população nos traga mais informações sobre este vídeo através do número 181. Só assim vamos poder desestimular e responsabilizar os autores destas atitudes nocivas à sociedade”, acrescentou Sales, destacando que, além de provocar incertezas e fomentar a insegurança, o vídeo desrespeita as famílias das vítimas do novo coronavírus.

A falsa denúncia circulou pelas redes sociais nos últimos dias. Nele, a mulher que agora está sendo procurada afirma que parentes de mortos foram surpreendidos ao abrir os caixões e se deparar com pedra e paus.

“Aqui em Minas está acontecendo um caso muito engraçado. Principalmente lá em BH”, diz a mulher nas imagens, criticando o prefeito Alexandre Kalil e a classe política em geral. “Estão enterrando um monte de gente com coronavírus. Aí, o que aconteceu? Mandaram ir lá e arrancar todos os caixões para fazer o exame para ver se é coronavírus mesmo. Sabe o que tem dentro do caixão? Pedra e madeira”, continua a mulher, procurando desacreditar as notícias a respeito da letalidade da doença.

*Com Agência Brasil

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.