Polícia prende homem suspeito de vender arma a atiradores de Suzano
Em comunicado enviado à imprensa, a Polícia Civil de São Paulo informou que prendeu, na tarde desta quarta-feira (10), um homem de 47 anos que seria o responsável por ter vendido arma de fogo e munições aos autores do tiroteio ocorrido na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano.
Cristiano Cardias de Souza, conhecido como “Cabelo”, teve a prisão temporária decretada pela Justiça durante a semana. Policiais da delegacia local fizeram campana na casa do suspeito, na área rural da cidade, e conseguiram capturá-lo nesta tarde. Não houve resistência. Ele deve responder por homicídio com dolo eventual por ter presumido o risco de provocar as mortes.
Segundo as investigações, Souza teria negociado a venda do revólver, com a numeração raspada, e de munições com o menor que liderou o ataque. As conversas entre os dois ficaram gravadas em um aplicativo de mensagem e foram analisadas pelos investigadores. O próprio jovem teria ido buscar o revólver. A principal hipótese é de que o outro atirador tenha pagado pela arma, por ser o único a ter renda própria. Jardineiro, ele recebia cerca de R$ 1,5 mil por mês.
Relembre o massacre
Dois atiradores, de 17 e 25 anos, invadiram a escola estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, na manhã do dia 13 de março, e dispararam contra alunos e funcionários. A Polícia Militar confirmou a morte de oito vítimas. Os dois assassinos também morreram.
Os dois atiradores foram identificados como Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos. Ambos estudaram na Raul Brasil no passado. A motivação do crime ainda é desconhecida.
O secretário estadual de Segurança Pública, João Camilo Pires de Campos, informou que as oito vítimas eram cinco alunos, duas funcionárias da escola e o dono de uma loja de carros vizinha ao colégio, que era tio de um dos assassinos. Os nomes (clique aqui para ler) foram divulgados no início da tarde do mesmo dia.
*Com Estadão Conteúdo
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