Polícia prende membros de grupo que aplicava ‘golpe dos nudes’ no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina

Segundo as autoridades, 31 pessoas foram presas durante a deflagração da Operação Cantina na manhã desta segunda-feira, 29; homens de classe média e alta eram principais alvos do grupo

  • Por Jovem Pan
  • 29/05/2023 10h44 - Atualizado em 29/05/2023 10h44
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Reprodução/Twitter @policiacivilrs Operação Polícia Rio Grande do Sul Mandados judiciais foram cumpridos em oito cidades gaúchas e em Florianópolis

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em apoio com a Polícia Civil de Santa Catarina, deflagrou a Operação Cantina nesta segunda-feira, 29, visando desarticular uma organização criminosa que praticava diversos crimes, como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, porte ilegal de munições e armas de fogo, extorsões e corrupção de menores. A operação foi deflagrada nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Cacheirinha, Gravataí, Alvorada, Viamão, Tramandaí e Imbé, no Rio Grande do Sul, e em Florianópolis, capital de Santa Catarina, com o cumprimento de 102 ordens judiciais cumpridas por 150 policiais civis. Segundo a Polícia Civil gaúcha, 31 pessoas foram presas durante a ação. Segundo o delegado responsável pelo caso, Rafael Liedtke, as investigações começaram há 11 meses, com a prisão em flagrante de um homem em Cachoeirinha. A partir desta prisão, foi descoberta a existência de uma organização criminosa bem estruturada e que especializou em cometer estes tipos de delito no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Segundo apuração da polícia, a organização é braço de uma facção criminosa que atua no Estado e um de seus líderes já esteve preso em presídios da Capital, onde atuou como cantineiro e fez contato com outros membros de facções. Com esse contato, ele utilizava outros criminosos para ajudar na prática do chamado “golpe dos nudes“.

O grupo criminoso contatava homens de classe média e alta por meio de perfis falos de mulheres mais jovens, visando conseguir fotos íntimas das vítimas. Com o material em mãos, os criminosos começavam a extorquir as vítimas, se passando até por delegados de polícia. “O esquema era perfeitamente delineado, com vasto material que auxiliava na ilusão das vítimas e que era transmitido entre os criminosos. Para a produção do material, os investigados inclusive aliciavam adolescentes, que mandavam fotografias, áudios e vídeos sob remuneração e até mesmo sob ameaças”, disse Liedtke. Em um segundo momento, o grupo receptava as extorsões através de pessoas aliciadas pela organização. O dinheiro era pulverizado entre laranjas pagos pelo grupo, até que o dinheiro retornasse aos responsáveis pela extorsão. Ainda de acordo com a polícia, p dinheiro era usado para sustentar uma vida de luxo dos líderes e para pagar outros criminosos presos e que usavam dinheiro para obter regalias nas cantinas de presídios. Uma parte do lucro era responsável por retroalimentar o tráfico de drogas e de armas.

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