Polícia vai pedir prorrogação de inquérito sobre atirador de Campinas
A Polícia Civil vai pedir à justiça para prorrogar as investigações sobre o atentado que matou cinco pessoas durante missa na Catedral Metropolitana de Campinas (SP). O crime aconteceu no início de dezembro e, segundo a secretaria paulista da Segurança Pública, seriam necessários mais 30 dias para a conclusão do inquérito.
Para encerrar o caso, que terminou com o suicídio do atirador Euler Fernando Grandolpho, faltam laudos periciais que estão sendo preparados por equipes da Polícia Técnico-Científica. Além disso, falta ser ouvida uma das três pessoas que ficaram feridas durante o ataque e sobreviveram. Parentes de Grandolpho já prestaram depoimento.
O ataque
Grandolpho, de 49 anos, invadiu a igreja na tarde de 11 de dezembro. Ele se sentou para assistir à missa, mas se levantou e atirou pelo menos 22 vezes contra fiéis. Quatro vítimas morreram no local. Outra chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital. Três ficaram feridas. O atirador se matou após intervenção policial.
O atirador
O atirador atuou como servidor concursado do Ministério Público do Estado de São Paulo, na função de auxiliar de promotoria de Carapicuíba. Entretanto, desde 2014 ele não trabalhava mais no órgão nem tinha renda própria. Em escritos de Grandolpho, a polícia identificou “pensamentos paranoicos e confusos” e “certa mania de perseguição”.
Nas anotações, feitas em uma espécie de diário, o criminoso detalhava a rotina, incluindo datas e horários, assim como números de placas de automóveis que via na rua e frases que escutava. O homem seria uma pessoa reclusa, sem amigos ou relações reais e virtuais, vivendo isolado em um quarto na casa em que morava com o pai em Valinhos (SP).
*Com informações da Agência Brasil
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