Por falta de provas, Gilmar arquiva inquérito contra Baleia Rossi e Marquezelli na Máfia da Merenda
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes mandou arquivar inquérito contra os deputados Baleia Rossi (MDB) e Nelson Marquezelli (PTB). Eles haviam sido citados em depoimentos de investigados da Máfia da Merenda de São Paulo. O arquivamento havia sido solicitado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O caso é apurado pela Operação Alba Branca, iniciada em janeiro de 2016, contra uma organização criminosa instalada em 30 prefeituras paulistas e também na Secretaria da Educação estadual, envolvida no fornecimento de sucos e alimentos para escolas. O ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB) foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro, mas a ação foi trancada pela 2ª Turma do STF em junho.
A etapa inicial das investigações apontava que a distribuidora de bebidas de Marquezelli, em Pirassununga – interior de SP – era um dos endereços de entrega de propinas da quadrilha e mirava contratos da pasta do governo de Geraldo Alckmin (PSDB). A citação foi feita por Carlos Luciano Lopes ao Ministério Público e à Polícia Civil.
O vice-presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), Carlos Alberto Santana Silva, afirmou ter ouvido do presidente da entidade, Cássio Chabib, e de vendedores que “em relação às vendas para as prefeituras de Campinas e Ribeirão Preto valores eram repassados ao deputado Baleia Rossi”.
Depois das investigações, a PGR concluiu que “todos que em tese vinculavam os deputados federais negam participação dos parlamentares na empreitada delitiva”. Dessa forma, a procuradoria solicitou o arquivamento por insuficiência de provas, acatado pelo STF. Desde o início da Alba Branca, Rossi e Marquezelli negavam ligação com a Máfia da Merenda.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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