Por falta de recursos, Ibama determina retorno dos brigadistas de incêndio florestal para as bases
Segundo o instituto, o recolhimento acontece em virtude da exaustão de recursos; Autarquia informou que passa por dificuldades quanto à liberação financeira por parte da Secretaria do Tesouro Nacional desde setembro
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) determinou na noite de quarta-feira, 21, o recolhimento de toda a Brigada de Incêndio Florestal para as bases de origem, a partir da zero hora desta quinta-feira, 22. O ofício foi assinado pelo chefe do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Ricardo Vianna Barreto. Segundo o instituto, o recolhimento acontece em virtude da exaustão de recursos. Em um despacho enviado nesta quinta, assinado pela assessora técnica Julevânia Olegário, o Ibama afirma não possuir recursos financeiros suficientes para fechar o mês de outubro. A falta de agentes pode dificultar ainda mais o controle de focos de calor no Pantanal e na Amazônia.
Em nota enviada à Jovem Pan, a autarquia informou que passa por dificuldades quanto à liberação financeira por parte da Secretaria do Tesouro Nacional desde setembro. O Ibama tem recorrido a créditos especiais, fundos e emendas para manter as atividades. Segundo a assessoria, o instituto já contabiliza 19 milhões de pagamentos atrasados. A falta de recursos afeta todas as diretoras do Ibama, inclusive a Diretoria de Proteção Ambiental, que cuida do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais. A determinação pode ter como consequência o aumento de queimadas e incêndios no Pantanal e na Amazônia. O Pantanal, por exemplo, já registra o segundo pior outubro em queimadas para o bioma desde 1998. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, nos primeiros 14 dias deste mês foram contabilizados 2.536 focos de incêndio. O número, segundo o Inpe, fica atrás apenas do registrado em outubro de 2002, quando houve 2.761 focos
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