Por precaução, Bolsonaro ainda não definiu todos os nomes para o próximo governo
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse neste sábado, 24, que ainda não definiu todos os nomes para o próximo governo por precaução. Bolsonaro afirmou que já gostaria de ter definido todos os ministros, mas que o critério é técnico, e não “festa”.
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse neste sábado, 24, que ainda não definiu todos os nomes para o próximo governo por precaução. Bolsonaro afirmou que já gostaria de ter definido todos os ministros, mas que o critério é técnico, e não “festa”. A declaração ocorreu após a cerimônia de aniversário de 73 anos da brigada da Infantaria de Paraquedista, na Vila Militar, em Deodoro, zona oeste do Rio.
“Para divulgar os outros ministros, ainda falta a gente conversar com aqueles que pretendemos colocar. Todos os ministérios são importantes, isso tem que ser muito bem discutido. A gente não pretende anunciar os nomes e, depois, lá na frente, trocá-los. É igual a um casamento, você pode namorar com muitas pessoas, mas ficar noivo e casar, só com uma, é isso que queremos”, disse.
Bolsonaro também negou que houvesse pressão da bancada evangélica ou do DEM para a definição de ministros. A afirmação foi feita após Bolsonaro ter sido perguntado se a bancada evangélica contraindicou o educador Mozart Neves, diretor do Instituto Ayrton Senna, para a pasta da Educação. Ele era crítico do projeto Escola sem Partido, uma das principais bandeiras do presidente eleito.
“Não teve nenhuma pressão da bancada evangélica. A bancada evangélica é muito importante, não só para mim, mas como para o Brasil. Mas essa pessoa indicada [Ricardo Vélez Rodríguez], pelo que eu sei, não é evangélico, mas atende aquilo que a bancada defende como valores familiares”, disse.
Bolsonaro justificou que escola “é lugar para aprender uma profissão” e ter noções de cidadania e patriotismo e não de ideologia de gênero “e formação de militantes”. “Se escola plural é ensinar sexo para criancinhas na sala de aula, meus parabéns ao futuro ministro”, afirmou.
O presidente eleito também declarou que o DEM não indicou nenhum ministério de seu governo, ao ser questionado sobre a escolha da deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) para ministra da Agricultura e do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) para a Saúde.
“Quem escolheu a Tereza Cristina foi a bancada ruralista. Quem indicou o Mandetta (futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta) foi a bancada de saúde da Câmara. Se fosse do PSDB, teria sido acolhido por mim da mesma maneira”, disse.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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