Cenário pós-crise dependerá de soluções criativas e tecnológicas, analisa diretor-executivo da CI&T

  • Por Jovem Pan
  • 08/05/2020 10h00 - Atualizado em 08/05/2020 10h07
  • BlueSky
Pixabay Cesar Gon entende as "soluções de antigamente" e "respostas fáceis" não vão funcionar

O fundador e diretor-executivo da CI&T, Cesar Gon, avalia que a retomada das atividades no cenário pós-pandemia da Covid-19 dependerá da busca por soluções mais criativas e tecnológicas. Em entrevista ao Jornal da Manhã desta sexta-feira (8), ele falou sobre as necessidades das empresas neste momento de crise.

“Elas [as empresas] tinham que repensar, porque vem uma sociedade nova, digital. Como vão se traduzir se não pela tecnologia? No fundo, o pós crise vai depender de soluções criativas que vão vir, certamente, de uso mais intenso da tecnologia para que as empresas sejam mais conectadas, mais resilientes em processos de crise como esse que estamos vivendo.”

Cesar Gon analisa que, de forma geral, nesse momento, a área da tecnologia e das soluções digitais fica mais “sobrecarregada” com demandas maiores das empresas, que buscam se adaptar e oferecer opções aos clientes. A CI&T, multinacional brasileira presente em países como Japão, Estados Unidos e Canadá, possui cerca de 2,5 funcionários e atua com softwares e tecnologia da informação.

Ainda pensando em um cenário pós-pandemia, Gon entende que as “soluções de antigamente” e “respostas fáceis” não vão funcionar, sendo necessário entender a situação para reagir da melhor forma.

“A sociedade e governo precisam trabalhar juntos, as empresas precisam colaborar para sair dessa, para construir algo melhor para todo mundo encontrar os caminhos inéditos que, certamente, vão funcionar.  Eu falo muito da liderança do ‘e’, conseguir conciliar ambiguidades, conciliar visões e criar um caminho sólido e único.”

O fundador da CI&T explica que a transformação digital, ou seja, a adaptação das empresas ao mundo da tecnologia, não se limita apenas ao uso mais intenso de novas soluções para atender aos clientes, mas também se refere à mudança nas composições e modelos de liderança nas organizações.

“As empresas mais digitais não podem ter mais aqueles chefes controladores, a gente está falando de empresas mais arejadas, mais colaborativas, que cocriam soluções e levam isso mais rapidamente para o mercado e para seus clientes. São empresas que fazem mais sentido para este século digital e para a sociedade digital que vem aí.”

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.