Prefeito de Angra dos Reis pede ajuda do MPF para desligar usinas nucleares 

Mais cedo, o presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, havia dito que não existem razões técnicas para que as usinas de Angra 1 e Angra 2 sejam desligadas

  • Por Jovem Pan
  • 03/04/2022 21h52 - Atualizado em 03/04/2022 21h55
Reprodução/Twitter/@fernandojordao_ Fernando Jordão (ao centro) é o prefeito de Angra dos Reis Fernando Jordão, prefeito de Angra dos Reis

Prefeito de Angra dos Reis (RJ), Fernando Jordão (PMDB) afirmou neste domingo, 3, que irá pedir auxílio do Ministério Público Federal (MPF) para desligar as usinas nucleares da cidade enquanto o acesso ao município não estiver normalizado – as estradas estão bloqueadas devido às fortes chuvas dos últimos dias. O mandatário, além disso, declarou que discorda da posição do presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, que havia dito mais cedo que não existem razões técnicas para que as usinas de Angra 1 e Angra 2 sejam desligadas.

“Defendo as usinas nucleares, mas o plano de emergência se faz também com as estradas. O presidente da Eletronuclear, com quem temos um ótimo relacionamento, tem uma posição diferente da minha. Imagine se houver um problema técnico nas usinas? Precisamos das estradas para evacuar a população. Estou pedindo ao Ministério Público Federal o desligamento das usinas enquanto nós não tivermos a Rio-Santos [BR-101] totalmente recuperada e a RJ-155, que é uma estrada estadual, também recuperada”, disse Fernando Jordão, em entrevista ao “GloboNews”.

Segundo a Eletronuclear, as usinas nucleares Angra 1 e 2 seguem operando normalmente, a plena capacidade, gerando energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN). A estatal informou que, se fosse necessária, a evacuação de trabalhadores da empresa e da população seria feita pela rodovia BR-101, no sentido de Angra e Paraty. “Segundo os procedimentos estabelecidos no plano, em caso de emergência, a evacuação poderia abranger pessoas localizadas num raio de até 5 km da central, que seriam levadas para abrigos situados a até 15 km das usinas. Esses abrigos também não foram atingidos pelas chuvas ou por deslizamentos de terra. Dessa forma, no momento, a ação poderia ser realizada com total eficácia”, informou a empresa.

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