Prefeitos da capital e Grande SP estudam possibilidade de extinção da função de cobrador
Os prefeitos da Capital e da Grande São Paulo estudam se é possível extinguir a função de cobrador nos ônibus nos próximos anos. Uma pesquisa conduzida pelo Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana deve ter resultados apresentados no começo do ano que vem.
O secretário municipal de mobilidade e transportes de São Paulo, Sérgio Avelleda diz que a ideia do levantamento é entender como cada cidade lida com a questão e tentar unificar padrões. “Nós vamos saber como cada município está. Alguns municípios já não têm cobrador. Outros têm em algumas linhas como na Capital. Em 60% das linhas ainda temos cobradores, 40% já não têm”, afirma.
Avelleda, no entanto, nega que isso signifique demissão de funcionários. “Se nós pararmos de contratar novos cobradores, essa é uma função que, ao longo do tempo, naturalmente vai diminuir muito. E nós podemos acelerar esse processo convidando os cobradores para exercer outras funções nesse processo como motoristas, fiscais de linha, de qualidade, almoxarifes e mecânicos”, diz.
O Estado prevê que não haja a obrigatoriedade da função de cobradores nas empresas que participarem da próxima licitação dos transportes na região metropolitana.
O diretor-presidente da EMTU, Joaquim Lopes da Silva Júnior, fala, no entanto, que isso vai variar de acordo com a demanda de cada linha. “É uma questão de bom senso observando qual é o porcentual de pagamento com crédito eletrônico e quanto isso representa dependendo da linha. Porque nós temos quase 600 linhas na Grande São Paulo”, afirma.
A licitação da EMTU está marcada para o dia 21 de novembro na sede da empresa em São Bernardo do Campo. As concessionárias vencedoras terão contratos de 15 anos para cuidar do transporte intermunicipal de ônibus na Capital e na região metropolitana.
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