Prefeitura de SP tem menor gasto com obras de drenagem desde 2009

  • Por Estadão Conteúdo
  • 22/03/2018 08h43
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Diogo Moreira / A2img Diogo Moreira / A2img A execução do orçamento em 2017, por exemplo, representa só 24,7% do que foi gasto em 2014 para a mesma finalidade
O gasto da Prefeitura de São Paulo com obras de drenagem urbana – como construção de piscinões e canalização de córregos – no ano passado foi o menor desde 2009. O governo João Doria (PSDB) previa R$ 644,05 milhões para essa finalidade em 2017, mas executou só 22,4% do valor – R$ 144,5 milhões. Apenas 12% das obras previstas no orçamento foram finalizadas. Para 2018, a previsão de gastos é de R$ 584,2 milhões.

A execução do orçamento em 2017, por exemplo, representa só 24,7% do que foi gasto em 2014 para a mesma finalidade. Os dados constam do Portal da Transparência da Prefeitura.

No ano passado, a alocação de verbas para drenagem causou atrito entre Doria e seus auxiliares. O prefeito regional Paulo Cahim, da Casa Verde/Cachoeirinha, na zona norte, foi demitido após ter reclamado publicamente sobre a falta de verba para limpar um piscinão. Segundo Cahim à época, a região poderia ser afetada por enchentes “nos próximos meses”.

Administração

Procurada, a Prefeitura disse que as obras de drenagem previstas em 2017 contavam, em maior parte, com repasses federais, que não aconteceram. O Estado não conseguiu localizar o Ministério das Cidades na noite desta quarta-feira, 21.

O governo ainda destacou que os investimentos “também foram comprimidos pelo déficit de R$ 7,5 bilhões deixado pela gestão anterior e pela arrecadação limitada pela recessão do ano passado. Houve ainda necessidade de suplementar o orçamento de custeio de áreas sociais cujo orçamento se mostrou subestimado”. O déficit de R$ 7,5 bilhões tem sido negado pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT).

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