Prefeitura quer proibir patinetes elétricos em calçadas de São Paulo
A prefeitura quer restringir a circulação de patinetes elétricos nas calçadas de São Paulo, limitando-os às ciclovias e ciclofaixas. A regulamentação do serviço está sendo elaborada pelo município, que estuda ainda a redução da velocidade máxima tanto nas ciclofaixas como nas ciclovias – pela lei brasileira, os patinetes não podem passar de 20 km/h.
O objetivo das restrições é evitar acidentes ocasionados por colisões com bicicletas ou quedas dos patinetes em buracos. “Você acha adequado 20 km/h por hora em uma ciclovia como a da [Avenida] Faria Lima? Com certeza não. O movimento é muito grande e não posso colocar ninguém em risco”, diz o secretário de Transportes, Edson Caram.
Em São Paulo, o serviço de aluguel de patinetes elétricos começou em agosto de 2018. A cidade não tem, no entanto, regras para uso do equipamento. No País, a circulação de patinetes é regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que delimita velocidade máxima de 20 km/h em ciclovias e ciclofaixas e 6 km/h nas calçadas.
Do ponto de vista legal, a prefeitura pode determinar velocidades diferentes para cada ciclofaixa e ciclovia. A decisão sobre esses limites deve vir após a regulamentação. “Vai ter de liberar e depois fazer análise volumétrica para saber se uma via está com muita intensidade e precisa diminuir [a velocidade]. Se está tranquilo, dá para manter.”
Caram lembra que empresas de aluguel de patinetes elétricos tiveram atividades suspensas em cidades americanas e israelenses. “E por que estão proibindo? Porque a calçada é liberada e os acidentes acontecem. A calçada é lugar para pedestre. Temos de pensar na segurança deles”, afirma o secretário do prefeito Bruno Covas (PSDB).
*Com informações do Estadão Conteúdo
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