Prefeitura tenta limpar parte de Largo do Paissandu, mas desabrigados se recusam a retirar barracas
Pouco menos de dois meses após o desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo, a primeira tentativa de limpeza no local feita pela Prefeitura não correu muito bem. Na manhã desta quarta-feira (20), os moradores não aceitaram retirar, de forma temporária, suas barracas para que o local fosse limpo com água por caminhões-pipa.
Com isso, funcionários da Prefeitura apenas varreram o local. Segundo moradores do edifício que desabou e deixou 146 famílias desabrigadas, além de sete mortos e dois desaparecidos, eles têm medo de que a Prefeitura os retire de lá de forma permanente.
Uma reclamação constante é a da limpeza dos banheiros químicos. Segundo os que vivem nas barracas, próximo ao local do desabamento, a última limpeza foi feita há cinco dias.
Os moradores foram avisados da ação de limpeza nesta terça-feira (19) pela Prefeitura Regional da Sé.
Em nota enviada à Jovem Pan, a prefeitura regional Sé esclarece que realizou mais uma tentativa de limpeza no Largo do Paissandu na manhã de hoje (20), no entanto, não contou com a colaboração dos ocupantes do local.
Segundo a nota, para agilizar o serviço e manter a transparência nas ações, foi distribuído um comunicado aos moradores e lideranças do movimento nesta terça-feira (19), informando sobre a limpeza e posterior possibilidade de reocupação. A Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar não foram acionadas por tratar-se de uma ação colaborativa.
Ainda no texto, a administração afirma que cabe ressaltar que o espaço não recebe limpeza adequada desde 1 de maio, causando problemas de higiene, atraindo pragas como roedores e baratas e gerando reclamações de moradores e comerciantes da região.
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