Presidente da Confederação dos Servidores Públicos considera PDV uma “armadilha”

  • Por Jovem Pan
  • 25/07/2017 15h04 - Atualizado em 25/07/2017 15h14
Marcos Santos/USP Imagens Carteira de trabalho Marcos Santos/USP Imagens Santos afirmou ainda que hoje o serviço público vive uma precariedade em quantidade e qualidade em diversos setores essenciais para a população como saúde, segurança e educação, e julgou contraditório a tentativa de diminuição do quadro de profissionais da área neste momento

Depois de anunciar o aumento nos impostos incidentes nos combustíveis, o governo está preparando um programa de demissão voluntária (PDV) para os servidores federais do Poder Executivo para tentar diminuir o rombo nas contas públicas. A expectativa é a adesão de ao menos 5 mil funcionários e uma economia de R$ 1 bilhão por ano com a medida.

De acordo com o presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), João Domingos Gomes dos Santos, em entrevista exclusiva à Jovem Pan, medida representa uma “armadilha” para a classe, já que a propaganda de um PDV é trocar o emprego pela oportunidade de ter um negócio próprio em um momento de extrema crise econômica e repressão do consumo.

“No PDV do Collor, 70% daqueles que trocaram o emprego garantido por uma aventura no mundo dos negócios, 70% fracassaram. E por um motivo muito simples: o funcionário público tem um perfil diferenciado. Ele é técnico, científico, administrativo…então jogá-lo na selvageria do mercado é convidá-lo para uma aventura pouco provável de ter êxito”, disse o presidente da CSPB.

Santos afirmou ainda que hoje o serviço público vive uma precariedade em quantidade e qualidade em diversos setores essenciais para a população como saúde, segurança e educação, e julgou contraditório a tentativa de diminuição do quadro de profissionais da área neste momento.

Para o presidente da CSPB, é necessária uma redução nos cargos comissionados da Presidência da República. De acordo com ele, enquanto nos Estados Unidos estes cargos alcançam pouco mais de 300, no Brasil, ultrapassa os 4 mil.

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