Presidente da Mitsui nega pagamento de propina em negócios com a Petrobras

  • Por Agência Câmara Notícias
  • 05/08/2015 17h22
Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados presidente da empresa japonesa Mitsui no Brasil

O presidente da empresa japonesa Mitsui no Brasil, Shinji Tsuchiya, negou, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que a companhia tenha praticado atos de corrupção em seu relacionamento comercial com a Petrobras.

Ele negou ainda qualquer relação com uma empresa chamada Mitsui Toyo, que estaria sendo investigada por pagamento de propina em troca de contratos com a estatal brasileira para o fornecimento de navios plataforma. “Essa empresa não tem ligação com a Mitsui Company do Brasil”, disse, com a ajuda de um intérprete.

Segundo dois delatores da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e o empresário Júlio Camargo, a Mitsui teria se associado a outras duas empresas, a Toyo e a Samsung, para alugar e construir os navios, um negócio de mais de 1 bilhão de dólares que teria sido firmado em troca de propina para diretores da Petrobras.

Camargo confessou ter intermediado contratos das Mitsui e da Samsung com a Petrobras e disse, em acordo de delação premiada, que houve pagamento de propina nos negócios. Ele envolveu o nome do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na negociação. Cunha nega e afirma que o empresário só mencionou o seu nome depois de pressionado pelo Ministério Público.

Em julho, a Mitsui emitiu nota em que afirma que nunca foi representada no Brasil por Júlio Camargo. O presidente da Mitsui admitiu, porém, ter negócios em comum com a Samsung. Em uma joint venture com a Petrobras, a empresa japonesa encomendou à Samsung a construção de uma sonda.

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