Presidente da OAB pede “prioridade máxima” à PGR na análise das delações

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2017 12h08
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Brasília - O presidente da OAB, Cláudio Pacheco Prates Lamachia, durante coletiva fala sobre o senador Delcídio do Amaral (Valter Campanato/Agência Brasil) Valter Campanato / Agência Brasil Cláudio Lamachia

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, homologou na manhã desta segunda-feira (30), as 77 delações dos executivos da Odebrecht, que eram demasiadamente aguardadas entre a sociedade e o universo político.

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, elogiou a rápida homologação e reiterou que esta era a defesa da Ordem desde a data do acidente que matou o ministro do STF Teori Zavascki. “Tenho que saudar esta homologação feita hoje, porque está exatamente na linha do que defendi desde o primeiro momento”, disse.

As delações homologadas agora seguem para a Procuradoria-Geral da República. A OAB, assim como defendia no STF, pede agilidade e “prioridade máxima” na condução dos processos. “A sociedade não pode continuar com essa incerteza. É o momento de passarmos o Brasil a limpo”, afirmou.

Na avaliação de Lamachia, com a homologação, está mantida a celeridade nas investigações e evita que a sociedade fique à mercê da falta de informações. O advogado destacou ainda que o novo relator da Lava Jato, ainda a ser designado, já pegará o processo em seus passos subsequentes.

O presidente da OAB defendeu ainda que o próximo relator mantenha os juízes auxiliares de Teori: “eles têm a história, a memória de tudo que lá estava. Me parece fundamental a permanência desta equipe na condução da força-tarefa”. Apesar de reconhecer que o próximo relator terá sua equipe de confiança, Lamachia reiterou que a manutenção dos juízes na equipe é o mais aconselhável para a garantia da celeridade do processo.

O conteúdo das delações, no entanto, permanece em sigilo por ordem da presidente do Supremo. Claudio Lamachia defendeu, no entanto, que “tão logo possível” o sigilo de tais conteúdos seja levantado. “É um direito de todo cidadão conhecer tudo que está lá”.

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