Presidente do Instituto Lula diz que condução coercitiva foi “desnecessária”

  • Por Agência Estado
  • 04/03/2016 17h51
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SP - LULA/REUNIÃO/INSTITUTO - POLÍTICA - O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, chega para reunião do conselho da instituição, no bairro do Ipiranga, na capital paulista, nesta sexta-feira. A reunião estava marcada desde o ano passado para decidir o planejamento do instituto para 2016. Há expectativa, no entanto, que seja discutida a estratégia de defesa de Lula nas investigações que envolvem o sítio que o ex-presidente frequentava em Atibaia. A Lava Jato apura se empreiteiras que participaram do esquema de desvios na Petrobras bancaram a reforma da propriedade. 12/02/2016 - Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO CONTEÚDO Agência Estado Paulo Okamotto passou cinco horas prestando depoimento à Polícia Federal

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, deixou na tarde desta sexta-feira, 4, a sede da Polícia Federal em São Paulo, onde prestou depoimento por cerca de cinco horas. Ela afirmou que foi desnecessária a condução coercitiva a que foi submetido pela PF. Segundo ele, todos os esclarecimentos já haviam sido prestados à Receita Federal e ao Ministério Público.

Okamotto afirmou ainda que todo o processo de investigação faz parte do fortalecimento da democracia brasileira. “Achei desnecessário tudo isso, mas entre o que eu penso e o que o Ministério Público pensa, há uma grande diferença”, afirmou. 

Questionado sobre o que ele pensa a respeito de um possível pedido de prisão, Okamotto afirmou que não vê “motivos para isso”. “Já dei todas as explicações e o que falei hoje na Polícia Federal não é motivo para me levar para a prisão.”

Okamotto confirmou ainda que, no depoimento, foi questionado a respeito das relações do instituto com empresas que são alvo da Operação Lava Jato. Ele afirmou que o objetivo dos contatos com as empresas era buscar apoio para projetos do Instituto Lula.

A respeito dos objetos de propriedade de Lula, que teriam ido para o sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), Okamotto afirmou que, de fato, parte do material foi para o local, e outras partes para o apartamento do ex-presidente e para o próprio instituto. “O que queremos é guardar o legado de Lula”, disse.

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